Familiares e amigos da travesti Layza Mello, morta com quatro tiros no último domingo (30), na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, fizeram uma manifestação durante a noite desta sexta-feira (5). O ato foi realizado no local onde a travesti costumava fazer programas e foi morta. O protesto teve início por volta das 19h e terminou às 20h30.
Participaram da manifestação travestis, transexuais e pessoas da comunidade homossexual. Durante o protesto, foram colados cartazes e corações falando sobre violência constra homossexuais. A mãe de Layza, a aposentada Rita Carvalho da Silva, falou que não sabe por que isso aconteceu com ela, pois sempre foi muito tranquila. Segundo ela, a travesti trabalhava há mais de 15 anos no mesmo ponto e nunca teve nenhum problema.
Deborah Glace é do conselho de Direitos Humanos do Estado e faz parte do Grupo Orgulho Liberdade e Dignidade e chamou a atenção quanto ao preconceito que gera a violência. “A gente mata um leão por dia”, ressaltou.
O crime
Fabrício Silva de Souza, mais conhecida como Layza Mello, tinha 28 anos e foi atingida por dois tiros no peito, um na cabeça e um na mão. O criminoso que efetuou os disparos fugiu depois do crime e ainda não foi identificado. Imagens de câmeras de videomonitoramento são utilizadas para encontrar o assassino. A Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha é responsável por investigar o caso.