
Placas de motocicletas nos capacetes pode ser a nova obrigação para os motociclistas de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. O projeto de lei é do vereador Brás Zagotto (SDD). O parlamentar defendeu a ação na última terça-feira (12), na Câmara de de Cachoeiro de Itapemirim e contou com o apoio do delegado Guilherme Eugênio, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) do município. Cerca de 80% dos crimes cometidos na cidade são praticados por pessoas usando motos e se protegendo de identificação com capacetes.
Se aprovada, a lei prevê que todos os motociclistas coloquem o número da placa da moto no capacete, uma espécie de adesivo que serviria de identificação. “Com essa identificação o bandido quando for assaltar uma loja será flagrado pelas câmeras e vai ser mais fácil identificá-lo”, falou o vereador, que acredita que os crimes desse tipo serão reduzidos em até 30%.
Para o presidente do Sindicato dos Motociclistas Alexandro Martins Costa, o projeto de lei é um absurdo. “Eu não concordo, o capacete é um equipamento de proteção individual, não se emplaca capacete. O bandido usa até placa fria para assaltar de moto, ele vai tirar o adesivo ou falsificar o número”, afirmou Costa. E garante que se aprovada o sindicato vai se manifestar para derrubar a lei.
Com a placa no capacete, as pessoas ficariam impossibilitadas de emprestar o capacete. Questionado sobre roubos do capacete, o vereador informou que o proprietário teria que prestar um boletim de ocorrência caso isso ocorresse.
O projeto de lei já está tramitando na casa, e em até 45 dias será possível ter o resultado. “Quase 90% da Casa vai votar favorável a projeto de lei”, garante Brás. Se aprovada a lei vai começar a ser praticada ainda neste ano, e será fiscalizada pelos guardas de trânsito do município. Quem não se adequar a lei poderá pagar multa de R$ 549,00.
A lei de placas nos capacetes já existe em Manaus e há propostas semelhantes para o Rio de Janeiro, além de países como Colômbia, Venezuela e Bolívia.