O número de mortes em acidentes de trânsito aumentou 22% no primeiro trimestre de 2023 no Espírito Santo. De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), de janeiro a março deste ano, 205 pessoas morreram vítimas de acidente no Estado, contra 168 do mesmo período do ano passado.
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Casos como o de dois homens, de 52 e 43 anos, que morreram após uma colisão entre dois carros na Rodovia ES-430, na região de Córrego Caximbau, em Jaguaré, Norte do Estado. O condutor, de 52 anos, não tinha habilitação e teria sido visto consumindo bebidas alcoólicas em um bar junto com o passageiro.
Também na região Norte, em janeiro, em Sooretama, seis pessoas morreram na BR-101, após um veículo de passeio colidir com um caminhão. O condutor do veículo de passeio foi identificado como Marcos Souza Santos, de 36 anos. Além dele, estavam no carro Edinalva dos Santos Costa, de 36 anos, e quatro crianças: João Victor dos Santos, de 12 anos; Juan Pedro dos Santos, de 8; Débora Vitória dos Santos, de 4; e Maria Luiza Santos, de 01 ano e quatro meses.
Segundo especialistas, as mortes poderiam ser evitadas porque a maior parte dos acidentes é causada pela imprudência.
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“São sempre os mesmos fatores: ultrapassagem em local proibido e excesso de velocidade nas rodovias. Nas áreas urbanas, o desrespeito à sinalização ocorre principalmente nos cruzamentos”, aponta o especialista em trânsito, Josimar Amaral.
A maior parte das mortes se concentra em municípios da Grande Vitória, com destaque para a cidade da Serra, que registrou neste ano 16 óbitos. Também chama atenção o número de motociclistas envolvidos em acidentes.
“Nós realizamos cerca de três fiscalizações diárias em toda a região metropolitana nos mais diversos horários e os números são significativos. A pessoa precisa entender que não está sozinha no trânsito. O trânsito é um exercício de cidadania”, afirma o capitão Anthony, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.
Para Josimar Amaral, a campanha Maio Amarelo é importante para conscientizar os motoristas sobre a segurança no trânsito, mas afirma que falta outras ações durante o resto do ano.
“O cidadão tem que assumir a sua responsabilidade para que, da origem ao destino, ele adote todos os meios para respeitar a sinalização, os demais usuários das vias porque estamos num espaço coletivo utilizado, na maioria das vezes, de forma individualizada. E essa individualização, às vezes, vai na margem do egoísmo de não respeitar o direito do próximo. Assim, temos os confrontos que trazem as conseqüências”, ressalta Amaral.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder