O mês de julho ainda nem acabou e os números da pandemia, registrados até a segunda-feira (20) no Espírito Santo, preocupam. O Estado já tem mais de 2.200 mortes por coronavírus e mais de 71 mil casos confirmados da doença.
O número de óbitos contabilizados nos 20 primeiros dias de julho já supera a soma das mortes registradas em abril e maio juntos.
Em abril, foram 93 óbitos, já em maio foram 511 mortes. Somados os meses, foram 604 mortes por covid-19. Este número já é menor do que foi registrado parcialmente em julho: 609 até a última segunda-feira (20).
Em entrevista coletiva na tarde de ontem o secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes e o subsecretário em Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmaram que o panorama atual da pandemia é de alerta.
Apesar da Grande Vitória viver um período de estabilidade de casos e mortes, e caminhar para uma leve recuperação, a situação do interior do Estado é mais preocupante.
De acordo com Reblin, a taxa de transmissão nas cidades do interior ainda está acima de 1, o que determina um maior contágio de pessoas. “Ainda não temos no interior do Estado o sinal de estabilidade que temos aqui na Grande Vitória”, disse.
Para tentar frear o avanço da doença Nésio Fernandes fez uma recomendação aos prefeitos e lideranças de municípios para que adotem medidas complementares para o enfrentamento da doença, principalmente na fiscalização do respeito ao distanciamento social.
Como ainda não existem remédios e vacinas específicas para o tratamento da covid-19, as autoridades em saúde ressaltam que o uso de máscaras, álcool em gel e o respeito ao distanciamento social são as medidas que podem salvar vidas.