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O Espírito Santo e o capixaba estão preparados para o novo mundo?

O que nós, capixabas, estamos fazendo para nos manter vivos neste novo mundo de disrupção e oportunidades?


Grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Me lembrei muito dessa frase na última quarta-feira (28/03), quando fui convidado a participar ativamente de uma iniciativa da empresa VALE em unir sociedade, instituições, organizações e grupos de mídia para discutir importantes temas para o Espírito Santo. O convite foi claro e do tipo “venha, participe, opine e publique o que quiser” e agora estou aqui relatando o que vi e vivi.

Vi diversos líderes capixabas de diferentes setores, unidos para refletir sobre o “fim das mediações”, ou seja, o início de relações comerciais cada vez mais diretas entre pessoas-pessoas e empresas-pessoas: sem intermediários. O palestrante, Carl Amorim, apresentou e explicou como funciona a tecnologia “Blockchain”, que permite transações seguras via meios digitais e que está revolucionando mercados, modelos de negócios, educação e a vida da sociedade por completo.

A relevância deste tema que, inicialmente parece óbvio, trouxe uma grande reflexão: os tradicionais formatos de cadeias de valor estão virando de cabeça pra baixo. Como assim? Veja o conceito de cadeia de valor descrito na Wikipedia: “Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985”. Diversos atores da tradicional cadeia de valores presentes em tantos mercados, começam a deixar de existir. Profissões inteiras estão acabando e novas estão surgindo. Grandes empresas enfrentam a concorrência direta de pequenas Startups. A mudança não é só nas estruturas, ela acontece principalmente na mentalidade, na cultura vigente. Se um grande líder hoje não está preparado para uma cultura de inovação, seu negócio corre o sério risco de dar lugar a uma empresa recém nascida numa garagem.


O recado foi dado: ou Espírito Santo domina as inovações tecnológicas ou será escravo delas. Discussões atuais como o Parque Tecnológico de Vitória, precisam sair do papel e ser realidade para os capixabas. Não podemos mais ficar à mercê de políticas e burocracias. Estamos sob a ameaça de nos tornarmos obsoletos e perder uma grande onda de oportunidades que chegam junto com os avanços tecnológicos e com os jovens das gerações Y e Z.

Para saber mais sobre o que foi falado na palestra, acesse http://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/livrepensar/2018/03/o-intermediario-morreu-vida-longa-ao-intermediario/ e para conhecer mais sobre o envolvente projeto da VALE, acesse www.arenavos.com.br

Rodrigo Quintão

CEO – MundoemCores.com