Como assim?
Na última terça-feira (22), um caso acontecido no estado de Tamil Nadu, na Índia, chamou a atenção do público internacional devido às tristes condições do falecimento da jovem Loganayaki, de 27 anos de idade. Após seguir um tutorial de parto natural no YouTube, a mulher morreu de hemorragia na própria casa ao dar à luz.
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Loganayaki havia casado com Madhesh havia apenas dois anos. Junto, o casal residente do vilarejo de Puliampatti decidiu ter o bebê em casa, sem intervenção médica. As informações foram divulgadas pelo The Hindu.
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PARTO NATURAL
Madhesh e a esposa possuíam pós-graduação em Serviço Social e haviam adotado um estilo de vida orgânico, baseado no próprio cultivo de alimentos saudáveis. Para o parto, o casal havia se deslocado da cidade natal do marido, em Dharmapuri, para a terra materna da mulher.
Em entrevista ao The Hindu, o médico responsável pelo caso, M. Radhika, contou haver uma resistência do casal aos remédios.
“Ela se recusava a tomar os comprimidos de ferro. Além disso, eles pediam a todos os moradores da vila para se limitarem a vegetais folhosos em vez de medicamentos”, contou.
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FAMÍLIA
Na ocasião do parto, porém, todos os moradores apoiaram a decisão do casal de permanecer em casa. De acordo com o relato, Loganayaki deu à luz a um menino por volta das 4h da manhã do dia do acontecimento.
No entanto, Madhesh e outros familiares não souberam cortar o cordão umbilical e remover a placenta adequadamente, causando sangramentos intensos durante 6 horas direto, até que, finalmente, transferiram a jovem mãe para um hospital particular, em Bargur, às 10h30 da manhã.
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Na unidade, Loganayaki já havia chegado sem vida, de acordo com uma ocorrência policial registrada pelo médico M. Radhika.
Em defesa, o marido da jovem relatou que o casal havia assistido um tutorial no YouTube sobre o parto natural, mas se negou a apresentar o link da origem das imagens.
Ainda segundo a apuração, a família se preparava para levar o corpo da mulher de volta para Dharmapuri sem um exame de necropsia.
Já segundo o médico, Madhesh impediu que o filho recém-nascido e saudável tomasse vacinas e o levou de volta à cidade natal.
“Nós informamos a Secretaria de Saúde que irá agir conforme o inquérito”, disse autoridade à publicação.
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FINAL FELIZ
Apesar da tragédia ocorrida no último mês na Índia, um casal de Vila Velha se viu em condições similares em março. No entanto, desta vez, a história teve um final feliz. O parto realizado pelo fiscal de caixa e esposo Rafael Vieira Alves Lima, de 28 anos, ao contrário, não foi planejado. Porém, Helena veio ao mundo sem muitos problemas.
Assim como boa parte das gestações, o nascimento da Helena tinha uma previsão para acontecer: dia 17 de março. Com a proximidade da data, a família, que mora no bairro 23 de Maio, em Vila Velha, optou por deixar tudo arrumado para evitar qualquer transtorno. Os dias se passaram, a previsão passou e no dia 19, Helena decidiu chegar.
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“As contrações começaram por volta das 17h, mas não eram fortes. Ligamos para o primo da minha esposa para ele pegar a gente aqui e levar ao hospital. Aguardamos mais um pouco e como as contrações estavam bem fracas, achamos que não iria piorar”, explicou o pai ao lembrar do episódio.
Com o início das contrações começou a correria. Rafael e a esposa Cintia Felipe Lima, de 25 anos, ajeitaram tudo. Ele se arrumou, deixou tudo pronto e os dois aguardaram a carona.
Porém, por volta das 19 horas o cenário mudou. As contrações de Cintia aumentaram e se tornaram mais regulares, de 10 em 10 minutos, e mais intensas. Eles ligaram novamente para o primo de Cintia, mas ele ainda estava a caminho.
Ela gritou: RAFAEL!
Pouco depois das 19 horas, as contrações ficaram ainda mais fortes. “Eu fiquei no quarto, comecei a dar massagem nas costas dela e depois fui pegar as bolsas para colocar no lado de fora”.
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Enquanto arrumava as bolsas para agilizar quando a carona chegasse, a história mudou completamente.
“Quando coloquei as bolsas do lado de fora, ela [Cintia] gritou: Rafael!! Quando cheguei, ela estava deitada na cama e disse: Ela tá nascendo.”
Hoje com três filhas, contando com Helena, essa não seria a primeira vez que o papai de terceira viagem acompanharia um parto de perto.
Em 2017, durante o nascimento da segunda filha, ele esteve na sala de parto e todas as falas da equipe médica vieram a tona ao perceber que a mais nova integrante da família nasceria ali mesmo.
“Como assisti o parto da segunda filha, eu fiquei calmo, porque se ficasse nervoso ela [Cintia] ia ficar ainda mais nervosa. Quando vinha a contração forte, eu falava para ela fazer mais força porque foi isso que ouvi dos médicos no outro parto”, lembrou Rafael.
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Após contrações, forças, massagens e muito controle, Helena deu o ar da graça. “Depois da cabeça, a mão dela pontou e ela saiu mais fácil. Quando saiu, eu peguei ela no colo, virei ela, e quando virei ela chorou e todo mundo começou a chorar”, lembrou o pai.
“Eu fiquei sem reação”
Ao lembrar dos momentos que sucederam o nascimento de Helena, o fiscal de caixa disse que ficou completamente sem reação.
Após pegar a filha e entregar para a esposa, em um misto de alegria e preocupação, ele imediatamente ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Eu liguei para o Samu e disse que tinha feito o parto da minha filha. Eles perguntaram sobre como estava a cor da bebê, perguntaram se ela chorou e sobre o cordão umbilical. Eles pediram para eu cortar, mas eu não quis e deixei para eles fazerem isso.”
Não demorou muito e a ambulância chegou. Ainda dentro do quarto, a equipe de socorristas retirou o cordão umbilical e levou Cintia, Rafael e Helena para o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha.
No hospital, a equipe médica que atendeu o casal parabenizou Rafael pela atitude e pela forma com que conduziu o parto, considerando a falta de experiência do rapaz.
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