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País enfrenta segunda onda na pandemia, diz entidade panamericana

Durante entrevista, gerente de Incidentes da Organização Panamericana de Saúde disse que "é crucial reduzir as transmissões no Brasil"

Foto: Pixabay

Gerente de Incidentes da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Sylvain Aldighieri destacou nesta quarta-feira (3) o fato de que o Brasil enfrenta uma segunda onda na pandemia da covid-19 “em nível nacional”. Durante entrevista coletiva virtual da entidade, Aldighieri disse que “é crucial reduzir as transmissões no Brasil, como em outros países da América do Sul”.

Aldighieri citou o Acre, ao dizer que o Estado enfrenta uma “emergência de saúde”, também diante de casos de dengue, e mencionou a pressão sobre os sistemas de saúde em Estados da Região Nordeste, antes de alertar para a gravidade do quadro nacional.

Nesse contexto, Aldighieri ressaltou a importância de se buscar controlar a disseminação de outras cepas da covid-19. “Essas variantes são uma preocupação global, e também na região”, notou, ao comentar que elas podem afetar o potencial de transmissão e também a eficácia das vacinas disponíveis. De qualquer modo, ele insistiu: “As medidas para conter as transmissões são as mesmas” no caso das cepas, como por exemplo a lavagem das mãos e o distanciamento social. Aldighieri ainda disse que especialistas avaliam neste momento o papel da variante P1, localizada inicialmente no Brasil.

Também presente na coletiva, o diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, respondeu sobre a possibilidade de que, em alguns países, estados busquem suas opções para vacinar contra a covid-19, em contextos de problemas do governo federal nessa frente. “De maneira geral, a vacinação funciona melhor com coordenação central”, argumentou, ao considerar que governos locais buscando imunizantes com distintos fornecedores podem representar “um desafio” para organizar esse processo.