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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai investigar planos de saúde do Espírito Santo para saber se estão envolvidos no escândalo da reutilização de materiais hospitalares descartáveis.
O caso foi descoberto há duas semanas, durante investigações da Operação Lama Cirúrgica que estão sendo conduzidas pelo Núcleo de Repressão à Crimes Organizados e à Corrupção (Nuroc) vinculado a Secretaria Estadual de Segurança (Sesp) e pela Policia Federal (PF).
A operação teve início no dia 16 de janeiro com a prisão de dois empresários e um enfermeiro, responsáveis por uma distribuidora de material cirúrgico, em Laranjeiras, na Serra. No local os investigadores apreenderam instrumentos médicos que haviam sido reembalados e já estavam com etiquetas adulteradas.
–> Operação Lama Cirúrgica: produtos foram reutilizados mais de 2 mil vezes
A empresa já havia sido fechada em outubro do ano passado pela Vigilância Sanitária do município. Na época o órgão emitiu notificação, chegou a apreender materiais, mas o local foi reaberto. A distribuidora, segundo a polícia, fornecia materiais para 47 empresas.
A ANS informou por meio de nota que realizará diligências para apurar se há envolvimento de entidades reguladas, ou seja, operadoras de planos privados de assistência à saúde, para, se houver, instaurar procedimentos administrativos adequados.
Investigações
As investigações da Operação Lama Cirúrgica estão sendo conduzidas pelo Núcleo de Repressão à Crimes Organizados e à Corrupção (Nuroc) vinculado a Secretaria Estadual de Segurança (Sesp) e pela Policia Federal (PF).
De acordo com o Nuroc, o objetivo agora é saber como o material chegava ao Estado e se a quadrilha agia em outras regiões do país. As investigações da Sesp indicam que os produtos que deveriam ser usados apenas uma vez foram reutilizados mais de 2 mil vezes.
A investigação aponta ainda que pelo menos 47 empresas compraram materiais da Golden Hospitalar, estabelecimento que, segundo a polícia, fraudava os produtos.
Saiba como fica a situação
Como fica a situação dos pacientes que foram ou se sentem lesados? Quais os riscos a curto, médio e longo prazo? O que deve acontecer com os profissionais que supostamente cometeram esses crimes contra a saúde de várias pessoas?