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O Conselho Regional de Medicina no Espírito Santo (CRM-ES) recebeu uma denúncia da Pró-Saúde, organização social responsável pela gestão do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), o antigo São Lucas, em Vitória, de superlotação na unidade hospitalar. No ofício, a organização solicita apoio emergencial para internação de pacientes em outros hospitais da rede pública e nos que possuem leitos contratados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Segundo os gestores da Pró-Saúde no HEUE, o hospital está lotado e com pacientes aguardando, há cerca de 15 dias, transferência para unidades referenciadas do Estado. De acordo com a denúncia, somente no corredor do Pronto-Socorro havia 42 pacientes recebendo assistência em macas.
O ofício informando a situação do HEUE foi encaminhado ao CRM-ES na última terça-feira (8) e solicita transferência urgente de pacientes. Além do conselho, o documento foi enviado à Subsecretaria de Estado de Regulação, Controle e Avaliação em Saúde; à Gerência de Monitoramento da Contratualização em Saúde da Sesa; à Gerência de Regulação do Acesso à Assistência à Saúde; à Coordenação do Samu; e à Comissão de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Saúde (CMASS).
O presidente do CRM-ES, Celso Murad, afirmou que a situação do hospital é crítica, principalmente nesse período de pandemia, e reforçou a necessidade de a Sesa fazer um plano de contingência para atender não somente os casos de covid-19, mas as demais doenças e urgências que acometem a população. “Nós, do CRM-ES, podemos colaborar reforçando o pedido à Sesa e alertando para a gravidade da situação. É exatamente isso que estamos fazendo”, ressaltou.
A Pró-Saúde esclareceu que é de sua responsabilidade legal informar a Secretaria de Estado de Saúde e o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo sobre o cenário de superlotação do atendimento para resguardar a entidade filantrópica e seus profissionais.
Por meio de nota, a Secretaria da Saúde informou que todos os pacientes que dão entrada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas” recebem assistência da equipe médica multidisciplinar. A Sesa disse ainda que o hospital é referência em trauma de urgência e emergência, sendo uma unidade de porta-aberta que absorve a demanda espontânea da Região Metropolitana. Ainda de acordo com a Sesa, há altas previstas e também transferências em andamento para unidades de retaguarda.