Funcionários que trabalhavam na obra de uma rodovia em Minas Gerais foram surpreendidos com uma descoberta histórica. Durante as obras de escavação, foram encontrados ovos fossilizados com mais de 80 milhões de anos.
Até o momento não é possível afirmar a qual espécie pertencia à ninhada, com chances de serem de crocodiloformes, dinossauros carnívoros de pequeno porte ou até mesmo aves.
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De acordo com a Ecovias do Cerrado, concessionária responsável pela rodovia, o material foi descoberto em uma escavação nas obras do Trevão de Monte Alegre de Minas, no entroncamento com a BR-153.
O fóssil foi descoberto em outubro de 2022 pelo pesquisador em Paleontologia Paulo Macedo, da empresa Geopac Consultoria Ambiental, contratada pela concessionária para desenvolvimento de pesquisas na área do Trevão.
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Foram encontrados cinco ovos, de forma e tamanho similares aos de uma galinha, porém mais pontudos.
O fóssil apresenta bom estado de conservação, apesar de ser bastante delicado, com cascas com 1 mm de espessura. Dois dos exemplares estão inteiros, o que abre a possibilidade de realizar exames para detecção de embriões no interior.
Ovos estariam próximos a um rio antigo
O ninho com os ovos estava enterrado em rochas sedimentares, chamadas arenitos, ou seja, com baixo teor de argila.
As primeiras informações apontam que, os ovos teriam sido colocados às margens de um rio que corria na região há 80 milhões de anos, em um ambiente totalmente diferente do cerrado atual.
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Após serem encontrados, os ovos foram levados para o Laboratório de Paleontologia da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) do campus de Ituiutaba-MG.
A coordenadora de Sustentabilidade da Ecovias do Cerrado, Daniela Almeida, afirma que as boas práticas de geoconservação permitiram que descobertas como essa pudessem acontecer.
“Maior parte da nossa concessão, que engloba as BRs 364 e 365, passa pelo Triângulo Mineiro, um território muito rico em material paleontológico. É por essa razão que a Ecovias do Cerrado fez parcerias com empresas e universidades para o desenvolvimento de pesquisas em áreas próximas a nossas obras. É um compromisso que adotamos junto aos órgãos competentes pelo licenciamento ambiental, o que inclui a preservação do patrimônio histórico da região, que tem gerado grandes retornos para a comunidade do nosso entorno”, disse.
Ainda segundo a Ecovias, os ovos devem ficar sob responsabilidade da UEMG de Ituiutaba, que desenvolverá estudos para análise, caracterização e detalhamento do fóssil e de sua importância para o conhecimento paleontológico do país.
* Com informações da Ecovias do Cerrado.