Uma cirurgia de extração de dentes sisos terminou em processo em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. Isso porque uma paciente alegou que sofreu bastante ao passar por uma operação num consultório dentário. A Justiça decidiu a favor dela, que vai receber uma indenização de R$ 5 mil por danos morais e R$ 11.483,58 por danos materiais, em virtude de problemas no procedimento.
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Segundo ela, a dor começou ainda durante o procedimento, já que a anestesia acabou causando grande desconforto.
Mas os problemas pós-cirurgia também foram dolorosos; de acordo com a paciente, ela sofreu com inflamações, destruição coronária, abcesso no local da extração e trismo, que é dificuldade de abrir a boca, por conta da dor.
Os cirurgiões responsáveis pelo procedimento se defenderam dizendo que o trabalho é de meio, não de fim. Ou seja, são responsáveis pela cirurgia e não pelos resultados.
Isso não convenceu a juíza da 2ª Vara Cível, Família e de Órfãos e Sucessões de Aracruz, que entendeu que para os dentistas não vigora a regra de obrigação de meio, mas sim de resultado.
A magistrada condenou o proprietário do consultório e um dentista a indenizarem a paciente no valor fixado de R$ 11.483,58 por danos materiais, por entender que houve desrespeito à confiança que deveria existir na relação dos profissionais com a paciente. E fixou uma indenização de R$ 5 mil por danos morais.
