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Pais de funcionário dos Correios morto dentro de agência receberão R$ 50 mil de indenização

Segundo a decisão, a empresa de vigilância é responsável pelo ato de seu funcionário que, mesmo sem a intenção, atinge alguém com um tiro de arma de fogo e lhe causa a morte

Foto: Divulgação/TJES

Uma família de Cachoeiro de Itapemirim deve receber R$ 50 mil de indenização após a morte de um funcionário dos Correios dentro da agência onde trabalhava. A arma estaria sendo manuseada por um vigilante de uma empresa de segurança, quando o tiro foi disparado.

De acordo com informações do site do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), o tiro acidental teria sido causado por imperícia do profissional, que ao recarregar sua arma, atingiu o colega de trabalho na altura do peito, causando o óbito.

Para o relator do processo no TJES, desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa, da 3ª Câmara Cível, chama a atenção o fato de o vigilante ter manuseado a arma dentro de uma Agência dos Correios e, apesar de estarem em uma sala separada do público externo, o fazia na presença de pessoas que não são da área de vigilância. “A despeito de o vigilante ter dito na esfera policial que apontava a arma para o chão no momento do disparo e que não estaria com o dedo no gatilho, o único tiro fatal atingiu a vítima no tórax, levando-a a óbito”, destacou o relator.

Segundo a decisão, a empresa de vigilância é responsável pelo ato de seu funcionário que, mesmo sem a intenção, atinge alguém com um tiro de arma de fogo e lhe causa a morte, tendo em vista o dever de orientação, treinamento e vigilância de seus empregados de modo a minimizar a possibilidade de tragédias como a desse caso.

“A vítima era um jovem rapaz de 25 anos idade, recém-concursado dos Correios e que provia o sustento de seus pais, com os quais morava. Importa ainda salientar que tratava-se de filho muito próximo a seus pais, inclusive nos cuidados diários já que esses são pessoas idosas, elevando-se ainda mais o sofrimento decorrente da trágica perda”, ressaltou ainda o magistrado, mantendo a indenização no valor de R$ 50 mil, fixada pelo juízo de primeiro grau.

Com informações do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES).