O próximo sábado (2) será de conscientização em Itapemirim. Um grupo de pais de crianças autistas farão uma caminhada pelas ruas do centro da cidade para chamar a atenção da população para a doença, a partir das 9 horas. O evento é organizado pelos próprios pais e tem o objetivo de orientar as famílias.
De acordo com Andrea de Araújo, mãe de uma criança autista, muitos pais insistem em não fazer o diagnóstico. “Precisamos chamar a atenção desses pais, para que eles procurem um atendimento adequado para seus filhos.
Essa é uma síndrome que não poder ser comparada com outras”, explica.
Além da caminhada, Andrea solicitou a tribuna da Câmara de Vereadores na tarde desta terça-feira (29) e foi atendida. Um fonoaudiólogo e uma terapeuta vão falar para os vereadores e a população em geral sobre o autismo.
“A Prefeitura quer acabar com o projeto que reembolsa os pais com o dinheiro gasto com o tratamento das crianças. Não podemos deixar isso acontecer. Não temos dinheiro para arcar e perder esse benefício agora, acarretará em parar o tratamento”, comenta.
Hoje, o município tem 20 crianças autistas. “Meu filho tem sete anos e foi diagnosticado aos dois anos e meio. Até então, ele era uma criança saudável e que falava. Foi perdendo a fala, requer uma alimentação especial e não gosta do convívio social. Eu sempre trabalhei e tive que largar o emprego. Preciso cuidar do meu filho. Meu marido e meu filho mais velho trabalham para sustentar a casa, e recebemos ajuda de nossa família. Por isso, esse reembolso da prefeitura é tão importante”, conta Andrea.
Projeto
O Projeto de Lei Nº 2.491 de 27 de outubro de 2011, sancionada na gestão passada, trata de benefícios para crianças autistas e contempla com até R$ 4 mil a família para custeio com as crianças que possuem esse transtorno.
Através de nota, a Prefeitura de Itapemirim disse que “não está querendo tirar o direito do autista de receber o benefício, mas sim fazer com que todos os deficientes de Itapemirim possam recebê-lo, respeitando o princípio constitucional da igualdade. Por conta disso, já está sendo estudado um Projeto de Regulamentação para que todos os deficientes do município recebam o benefício, e não somente os autistas, de acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social, no artigo 20, parágrafo 2º.
A nota diz ainda ainda que o município já oferece diversos tratamentos, são eles: fonoaudiologia, pedagógica especializada, psicoterapia comportamental, psiquiatria infantil, fisioterapia, neurologia, optometria, ecoterapia, terapias ocupacionais, dentre outros.