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Paulo Baraona: “o líder deve ajudar a construir pontes entre as pessoas”

Paulo Baraona: “o líder deve ajudar a construir pontes entre as pessoas”

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) é a casa de outras cinco instituições (Sesi, Senai, IEL, Cindes e Ideies/Observatório da Indústria). A Findes representa hoje 38 sindicatos e mais de 19 mil indústrias no Espírito Santo, que juntas geram quase 252 mil empregos formais diretos.

O Sesi é a maior rede de ensino particular do estado e atende mais de 10 mil alunos. Já o Senai deve ofertar quase 60 mil vagas em qualificação profissional neste ano. O Observatório da Indústria é o centro de inteligência em dados da Findes, enquanto o IEL forma gestores, transforma empresas e conecta soluções da academia aos desafios da indústria. Por fim, o Cindes promove o encontro do empresariado capixaba, auxiliando no desenvolvimento de empreendedores para o futuro e se posicionando politicamente em diversos projetos voltados para a indústria local.

O presidente da Findes é Paulo Baraona, eleito líder empresarial na categoria Federações. Conheça mais essa liderança na entrevista a seguir.

Neste ano, Líder Empresarial tem como tema “Honrar o legado”. Que legado você já recebeu em sua vida? Por quem ele foi deixado? É um legado que te orgulha? Por quê?

Minha família me deixou dois legados. O primeiro, que também é uma lição, é o modo como devemos ver as coisas: devemos resolver poucos assuntos de vez para ter resolutividade. Já o segundo é sobre o olhar para as pessoas e ter respeito com elas. Durante toda minha vida via meu pai tratar as pessoas como elas devem ser tratadas: com respeito. Vi isso desde muito pequeno. Você aprende com o tempo que dinheiro e condição financeira não tem dão a “licença” para destratar ninguém. Sempre que chego em um lugar ou vou a um evento faço questão de cumprimentar todas as pessoas independentemente do cargo ou da origem que tenham.

E qual legado você gostaria de deixar, seja para no campo profissional, pessoal ou para a sociedade?

Trabalho para deixar um legado de compreensão entre as pessoas. Nós somos oito bilhões de habitantes em um mundo onde somos todos diferentes. Vivemos um sistema em que a maioria, normalmente, precisa conduzir a minoria. Por isso o diálogo é mais do que necessário para criar um ambiente pacífico de crescimento e evolução da sociedade.

Qual é, na sua avaliação, o papel do líder para a construção de legados e futuros? O que o líder deve se esforçar para construir?

O líder deve colocar as suas duas orelhas para ouvir bastante e entender o que está a sua volta e, com isso, poder ajudar a construir pontes entre as pessoas e se beneficiar das várias ideais e opiniões que estão a sua volta.

A que você atribui sua liderança, que foi reconhecida por líderes de outras organizações? Qual é a importância de ser reconhecido líder por eles?

Eu fico muito feliz em ser reconhecido por outros líderes. Acredito que a minha liderança é conhecida justamente por estar sempre ouvindo os meus parceiros. Para ajudar a criar um ambiente mais propício para o desenvolvimento do estado é preciso ouvir todo o segmento empresarial.

Inteligência artificial, ESG, inclusão, diversidade… Qual o papel da liderança na construção de estratégias e decisões no que se refere a essas novas realidades, demandas e expectativas do mercado?

A liderança precisa ter muita resiliência. Vivemos em um mundo onde a sociedade passa por muitas mudanças muito rápidas e estamos em um período em que precisamos compreender como lidar com todas as novas tecnologias, inovações e com a transformação da sociedade. Ainda estamos aprendendo a lidar com toda as novas tecnologias, das mais simples às mais complexas, e descobrindo como elas podem nos ajudar na vida pessoal e também no dia a dia dentro das empresas.

Em poucas palavras, ser um líder que honra o legado é:

Para mim ser líder é ser uma pessoa coerente com ela mesma, com os valores que têm e os que aprendeu.