Uma exuberância de perder de vista. Isso é o que os turistas e os próprios capixabas podem contemplar no Parque Estadual da Pedra Azul. Um local mágico, onde é possível até ouvir o canto dos pássaros, coisa difícil de encontrar nos centros urbanos. E por conta de toda essa beleza, Pedra Azul recebe por mês cerca de 60 mil turistas.
O turismo agora recebe um incentivo a mais com a criação da casa do turista, administrado pela Associação Turística de Pedra Azul em conjunto com outras instituições. “Estamos aqui para dar o suporte ao turista, que precisa de indicações de hotéis, pousadas e restaurantes”, explicou a secretária executiva da associação, Keli Bueno Coimbra.
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Além disso, há dois anos o distrito de Pedra Azul, pertencente ao município serrano de Domingos Martins, iniciou sua caminhada para alcançar um feito inédito no Estado: receber da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) o título de Patrimônio Natural da Humanidade. Para tanto, é necessário seguir uma série de procedimentos que visam garantir a preservação do monumento natural e todo o contexto que o envolve.
Parque
O parque estadual tem 1,3 mil hectares, que fazem parte da segunda maior reserva de Mata Atlântica do Brasil. A beleza da mata só perde para a imponência da pedra do lagarto, o centro das atenções. O granito que alcança mais de 1,8 mil metros acima do nível do mar é a morada do réptil de pedra, de cerca de 200 metros de comprimento.
A grandiosidade da rocha guarda histórias de onças e seres humanos gigantes, e outros presentes para quem se aventura por uma de suas trilhas. “É um ar puro para respirar, água pura para beber, flora e fauna exuberantes. No clima estamos entre os três melhores do mundo. Temos também piscinas naturais escavadas na pedra”, contou o guarda florestal José Bellon.
O passeio no local é gratuito e só pode ser feito com a companhia de um guia ou guarda florestal. Do alto do mirante é possível ver um verdadeiro mar de formações rochosas. Em dias mais claros a vista alcança até o pico da bandeira, ponto mais alto do Estado, na divisa com Minas Gerais.
A região também guarda belezas bem pertinho, aos pés da pedra. São os cavalos de origem norueguesa que fazem a alegria dos visitantes, principalmente das crianças.
Delícias da região
Quando se fala em região de montanhas, logo se pensa em morangos. Bem próximo a pedra, no sítio do produtor rural Ângelo Henrique Uliana, dá para colher a fruta no pé. O sistema de colha e pague é pioneiro na região, e a partir de R$ 4 dá para levar fruta fresca e livre de agrotóxico.
A plantação está na entresafra. A melhor época começa em outubro e vai até o ano que vem, mas a colheita não pode ser feita de qualquer maneira. O produtor, que cuida sozinho da propriedade a maior parte do tempo, faz questão de ensinar a um por um dos visitantes.
Gastronomia
Ir para o frio é sinal de comer bem. Seja tomando um café bem quente ou degustando uma boa massa italiana. Pedra azul tem opção para todos os gostos. Em um dos restaurantes a proposta de agroturismo gourmet reúne os produtos da região em um só cardápio.
Ainda tem artesanato, orquídeas, massas, doces, vinhos e licores caseiros. Tudo abrigado pela pedra do lagarto. E para quem mora na capital, são menos de duas horas de viagem.