Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, as obras para a construção dos quiosques da orla de Itapuã e Itaparica, em Vila Velha, não pararam nesses últimos meses. De acordo com a prefeitura, pelo menos 11 novos estabelecimentos devem ser inaugurados até o final deste ano.
Ao todo, serão 20 novos empreendimentos. Desse total, 13 já foram licitados e 11 já iniciaram as obras. “Segue as normas do Iema, que tem uma cartilha. Nenhum quiosque novo pode ser construído na rua que dá acesso à orla. Ou seja, não pode ter quiosque obstruindo a vista de quem chega nas ruas de acesso à orla. Cada quiosque tem que respeitar a distância mínima, entre um e outro, de 100 metros. Tudo isso é orientação do Instituto Estadual do Meio Ambiente e que está sendo cumprido nessa decisão”, destacou o secretário de Administração do município, Rafael Gumiero.
Para preencher as vagas restantes, a Prefeitura de Vila Velha fará, ainda neste ano, uma nova licitação. “Coincide, inclusive, com quiosqueiros que atuavam na orla. A licitação prestigiou isso aí: tempo de experiência na orla, boas práticas na manipulação de alimentos, atendimento ao turista, enfim, de maneira que os quiosqueiros conseguiram se habilitar”, frisou o secretário.
Cada estabelecimento terá cerca de 130 metros quadrados, com espaço para um conjunto de 11 mesas com cadeira, em uma área coberta. Os quiosques também terão banheiros femininos e masculinos, e outro para pessoas com deficiência.
O tamanho dos quiosques, no entanto, não agradou os antigos proprietários. “Poderia ter melhorado. Ser um pouquinho maior, com mais quantidade de mesa. Porque se fala em receber o turismo, diminuíram o número de quiosques, mas não aumentaram o número de mesas”, reclamou Jajá, dono de um dos quiosques demolidos na Praia de Itaparica.
A Prefeitura de Vila Velha explicou que, assim que os novos modelos forem entregues, os comerciantes assumirão a administração pelos próximos 20 anos. “Certamente deve ter obra concluindo em outubro, novembro. Para o verão, há uma relativa garantia de que vai ter quiosque na orla”, ressaltou Gumiero.
Recurso próprio
Para pagar as obras do novo quiosque, que está em fase de construção, Jajá conta que precisou tirar dinheiro do próprio bolso. “Foi recurso próprio. Vai ficar na faixa de mais ou menos R$ 300 mil. A prefeitura deu esse direito à gente de construir, para a gente conseguir um valor menor, e nós conseguimos um valor menor. A construtora vai me fazer por R$ 260 mil e, com o equipamento interno, vai ficar mais ou menos em R$ 30 mil, R$ 40 mil”, afirmou.
A história do comerciante na Praia de Itaparica começou no ano de 1991. Dono de um dos quiosques mais antigos da orla, Jajá conta que chegou a receber 3 mil pessoas em um único dia. Sem trabalhar no espaço desde fevereiro, ele torce para que a construção fique pronta antes do verão. “A gente espera que essa pandemia acabe logo para a gente começar a trabalhar e começar a tirar o retorno da construção”, disse.
Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record TV