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"Pensei que tinha tomado um tiro" diz grávida atingida por pedaço de poste

A empresária Clesiane de Fátima Martinez relatou que o domingo em que o acidente aconteceu deveria ter sido um dia como qualquer outro

Foto: Reprodução / TV Vitória

A empresária Clesiane de Fátima Martinez, de 34 anos, atingida por um pedaço de poste que se desprendeu na Praia de Itaparica, em Vila Velha, no último dia 3 de dezembro, recebeu alta na manhã desta quarta-feira (13), após 10 dias de internação. 

Clesiane contou, em entrevista à TV Vitória,  que no momento do acidente, pensou ter sido atingido por um tiro, e que não pensou que o causador do acidente poderia ter sido um pedaço de poste. 

“Eu não vi nada, inclusive pensei que eu tinha tomado um tiro, porque seria talvez a coisa mais óbvia do momento. Eu senti um zunido muito forte, uma pressão muito forte na cabeça, e aí eu caí”, contou. 

A surpresa foi tanta, que ela pediu ao marido, o também empresário João Paulo da Silva Martinez, para tirar uma foto. 

“Quando as pessoas começaram a falar que tinha sido um pedaço do poste que tinha desprendido, eu falei: gente, não é possível, qual a probabilidade disso acontecer? Até pedi ao João para tirar uma foto, porque eu não estava acreditando no que tinha acontecido”. 

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A empresária relatou que o domingo em que o acidente aconteceu deveria ter sido um dia como qualquer outro e que ela e o marido procuravam apenas por um quiosque para almoçar na orla de Itaparica. 

“Era para ser um domingo normal, a gente decidiu almoçar na praia. Geralmente a gente fica nos quiosques próximos de casa, mas estava tudo cheio, um domingão lindo. A gente foi andando, procurando uma outra opção. A gente parou para poder olhar, para ver se a mesa estava ocupada ou não, aí enquanto a gente procurava um lugar para sentar, infelizmente aconteceu o acidente” 

Clesiane sofreu um traumatismo craniano e relata que ficou consciente durante todo o tempo após o acidente até a chegada do socorro que a levou até o hospital. 

De acordo com ela, um sintoma que lhe acompanhou até a realização da primeira cirurgia, o formigamento nas pernas, apareceu imediatamente após o acidente. 

“Eu percebi também na hora que eu caí, o meu formigamento nas pernas, foi algo que eu senti. As pessoas colocaram a mão na minha perna e eu notei que havia algo errado. Pedia às pessoas para tocarem para ver se eu sentia algo, mas não sentia mesmo”. 

Preocupação com o bebê

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A empresária está grávida de seis meses e, durante o período em que passou internada, o filho Felipe, programado para chegar em três meses, foi motivo de preocupação, mas principalmente, muita força para encarar as cirurgias. 

“Eu fiquei muito preocupada com bebê, inclusive os momentos pós-cirúrgicos, quando acordei na UTI, de madrugada sozinha, meu primeiro sentimento foi desespero, porque eu não estava sentindo o bebê mexer. A gente fica muito preocupada, mas ao mesmo tempo, foi ele que me deu muita força em todos os momentos de crises de choro, era nele que eu pensava e penso agora, porque a gente ainda tem um caminho longo pela frente. Ele realmente foi muito esperado, muito amado já, mas a preocupação como mãe é bem grande, foi bem complicado” 

Clesiane ainda enfrenta algumas dificuldades para andar e, por conta do traumatismo craniano, ainda precisará passar por uma cirurgia de reconstrução, que acontecerá após o nascimento de Felipe. 

De acordo com ela, agora o momento é de aproveitar os últimos meses de gravidez e esperar pela chegada do filho. 

“Agora é pensar no quartinho, a mamãe estava mexendo no quartinho no dia do acidente, tem um monte de coisinha chegando, focar nisso. Depois do nascimento a gente pensa no próximo passo que vai ser a cirurgia de reconstrução”. 

*Com informações da repórter Larissa Barcellos, da TV Vitória/Record 

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