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VÍDEO | Pescadores distribuem mais de 5 toneladas de peixe e almoço nesta quinta em Vitória

Serão mais de 2 mil sacolas distribuídas com, aproximadamente, 2,5 kg cada. Além dos peixes, a população poderá desfrutar da tradicional Paella Capixaba

O Sindicato dos Pescadores profissionais, artesanais, aquicultores, marisqueiros, criadores de peixes do Estado (Sindpesmes), realiza, nesta quinta-feira (25), o segundo protesto solidário pelas ruas da capital. 

Foto: Divulgação | Sindpesmes

Este é o segundo ato dos pescadores em Vitória e, assim como no primeiro, vai acontecer na Praça do Papa, na Enseada do Suá. 

Dessa vez, serão distribuídas mais de cinco toneladas de peixes, separadas em pacotes de, aproximadamente, 2,5 kg cada.

Além disso, a população poderá desfrutar da tradicional Paella capixaba, que está sendo preparada pelo chef Gaúcho, que é especializado no prato e especialista na culinária local. A ação tem início ao meio-dia. 

De acordo com o presidente do Sindpesmes, João Carlos Gomes, o objetivo é ajudar a população mais carente que tem sido refém das recentes altas nos preços dos alimentos. 

Em vídeo enviado pela organização do protesto, é possível ver uma grande quantidade de pessoas já esperando pela distribuição dos alimentos. 

Foto: Folha Vitória / Júlio Lopes
Primeiro protesto solidário do Sindpesmes

A primeira ação do sindicato aconteceu em agosto deste ano. Na ocasião, os pescadores estiveram na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), pedindo posicionamento dos deputados estaduais diante das dificuldades, que vêm sofrendo desde o rompimento da barragem de Mariana, em novembro de 2015.

O Folha Vitória esteve no local e fez a cobertura do ato, que realizou a distribuição de mais de 2,5 toneladas de peixes. 

Segundo o sindicato, apesar de terem iniciadas conversas produtivas com os deputados estaduais, ainda não houve resultados para os pescadores. 

O presidente João Carlos ainda afirma que várias famílias afetadas pela tragédia de Mariana, ainda não receberam suas devidas indenizações da Fundação Renova.

Em nota, a fundação informou que até setembro deste ano, o valor total pago em indenização aos camaroeiros somou R$ 103 milhões para 172 pessoas. 

Neste ano também está sendo pago aos camaroeiros o lucro cessante referente a 2020. Até setembro, cerca de R$ R$ 21 milhões foram pagos a 170 atingidos.

Veja a nota na íntegra:

A Fundação Renova informa que até setembro deste ano, o valor total pago em indenização aos camaroeiros somou R$ 103 milhões para 172 pessoas. Neste ano também está sendo pago aos camaroeiros o lucro cessante referente a 2020. Até setembro, cerca de R$ R$ 21 milhões foram pagos a 170 atingidos.
Cerca de R$ 16,82 bilhões foram desembolsados nas ações de reparação e compensação até setembro, tendo sido pagos R$ 6,61 bilhões em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para mais de 343 mil pessoas em todo o território. No Espírito Santo, até setembro, foram pagos cerca de R$ 3,53 bilhões, considerando indenizações e auxílios financeiros.
A Fundação Renova iniciou em janeiro de 2020 o atendimento aos pescadores da Enseada do Suá, em Vitória (ES), diretamente impactados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O Termo de Acordo que concluiu a avaliação e mensuração dos danos comprovados sofridos pelos pescadores de camarão da Enseada do Suá formalizou os resultados do processo de negociação do Grupo de Trabalho, que incluiu órgãos públicos, Sindicato dos Pescadores e Fundação Renova. Os camaroeiros apresentaram diretrizes para o rateio dos valores, obedecidas a forma de trabalho e os costumes locais.
A proposta de indenização, englobando valores e critérios de elegibilidade, foi construída coletivamente, incluindo oficinas que contaram com participação e mobilização da comunidade pesqueira. O pagamento contempla toda a indenização que os atingidos fazem jus, com lucro cessante e danos morais individuais.
O Grupo de Trabalho, instituído em abril de 2018 para buscar solução consensual sobre as medidas de reparação integral dos camaroeiros da Enseada do Suá, foi formado por representantes dos pescadores de camarão, apoiados pelo Sindicato dos Pescadores do Espírito Santo (Sendipesm-ES), Defensoria Pública Estadual (DPES), Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Fundação Renova, Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura Pesca e Abastecimento (Mapa).