
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveu uma cabine de desinfecção capaz de destruir o coronavírus. O primeiro protótipo, batizado de ‘Covidkiller’, já está sendo utilizado para desinfectar equipamentos hospitalares recebidos para manutenção no Centro Tecnológico.
Com lâmpadas que geram radiação ultravioleta, o equipamento de 1,8 metros, é capaz de destruir microrganismos, inclusive o coronavírus.
Segundo o professor do curso de Engenharia Elétrica da Ufes Celso Munaro, a radiação com UV-C tem o potencial de danificar o DNA do vírus. “Ele perde a capacidade de se reproduzir, logo, não pode infectar ninguém”.
Novas versões
A tecnologia UV é usada há mais de um século para desinfecção de água e, recentemente, vem sendo usada na esterilização de hospitais, aviões. O grupo está trabalhando agora em novas versões de protótipos para esterilização de EPIs e outros objetos. Também está sendo desenvolvido um protótipo para higienizar ambientes.
“O grande desafio da pandemia é reduzir a propagação do vírus, de forma a não saturar o sistema de saúde. As medidas amplamente sugeridas são a desinfecção com álcool ou sabão e o uso de máscara. Há situações nas quais a desinfecção tem dificuldade de ser feita: em equipamentos eletrônicos, como os respiradores; em equipamentos de proteção individual; e no ambiente. Nesses casos, o uso de radiação UV é uma alternativa muito atrativa. As pesquisas e os protótipos em desenvolvimento contribuirão muito para reduzir a propagação do vírus nessas situações”, afirmou Munaro. Ele lembra que um exemplo de aplicação na Ufes é a desinfecção das salas de aula.
O projeto é desenvolvido por professores dos departamentos de Engenharia Elétrica (Centro Tecnológico), de Física (Centro de Ciências Exatas) e de Morfologia e Patologia (Centro de Ciências da Saúde).