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Pesquisadores encontram fóssil com cerca de 12 mil anos em Goiás

A descoberta foi realizada no conjunto arqueológico de Serranópolis, em 2022. No entanto, o material foi somente exonerado em março deste ano

Foto: PROJETO SERRANÓPOLIS/PUC GOIÁS

Um fóssil humano foi encontrado por inteiro no conjunto arqueológico de Serranópolis, no estado de Goiás. De acordo com os especialistas, o material pode ter cerca de 12 mil anos. 

Descoberto no ano de 2022, o fóssil estava a uma profundidade de 1,90 metros, juntamente com instrumentos e artefatos líticos (construídos com pedra lascada) e carvão, o qual possuía entre 11,7 mil e 11,9 mil anos, segundo datação por radiocarbono. Pesquisadores acreditam ser resquícios de uma fogueira.

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A exumação do material, no entanto, foi realizada somente em março de 2023, por meio de uma parceria do IGPA com o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Universidade de São Paulo).

Veja abaixo a foto do material:

Foto: PROJETO SERRANÓPOLIS/PUC GOIÁS

A idade do fóssil pode ser confirmada somente mediante a uma análise que ainda será realizada. 

Caso a suspeita seja confirmada, o material poderá ser considerado o indivíduo mais antigo encontrado na região do Centro-Oeste, segundo o pesquisador do Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia (IGPA) da PUC-Goiás, Júlio Cezar Rubin de Rubin.

Descoberta não é a primeira realizada pelos pesquisadores

No local, a mesma equipe de pesquisadores também já encontrou um grupo de 10 cabeças em uma área de 1 m² e a 66 cm de profundidade, próximo a restos de cerâmica e carvão.

“Conseguimos uma datação de aproximadamente 1.600 anos a partir de uma amostra de carvão que estava associada a uma das cabeças”, contou Júlio Cezar.

Os profissionais iniciaram a exploração em outubro de 2021 e, até o momento, já escavaram uma área de 40 m² na Gruta 2 do complexo do Diogo.

O conjunto arqueológico de Serranópolis 

O sítio arqueológico de Serranópolis é considerado um dos mais importantes da América Latina, devido as mais diversas grutas com gravuras e pinturas rupestres, artefatos e instrumentos líticos e cerâmicas.

Na década de 1970 foram iniciadas as primeiras escavações na região, com os professores Pedro Ignácio Schmitz e Altair Sales Barbosa. 

Ainda segundo o pesquisador Júlio Cezar, baseando-se nos achados das esquipes ao longo dos anos, diferentes grupos humanos teriam vivido naqueles abrigos, entre caçadores, coletores e ceramistas.

“As novas tecnologias vão nos permitir conhecer melhor esses grupos a partir de análises de DNA e outras informações”, finalizou.

*Com informações do Portal R7.