Piúma é conhecida como “a cidade das conchas” devido ao artesanato único feito por lá e, apesar do forte turismo de verão, não perdeu sua qualidade bucólica de vila de pescadores e artesãos.
A partir dessa segunda-feira (15), os moradores recebem um incentivo a mais para essa prática artesanal. Isso, porque o município, por meio da Secretaria de Assistência Social e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), está ofertando um curso de artesanato em conchas gratuito à população.
Mas, afinal, porque será que as praias de Piúma produzem tantas conchas? Especialistas explicam que o balneário tem uma localização privilegiada, situada onde duas correntes marítimas, uma quente e outra fria, se encontram. É esta situação única que permite que uma grande quantidade de moluscos vivam no seu litoral produzindo uma enorme variedade de conchas.
Diariamente estas conchas são deixadas na praia pela maré e são colhidas por dezenas de pessoas conhecidas como “catadores”. A maioria são mulheres e elas estão para Piúma como as ‘desfiadeiras de siri’ estão para Vitória. Os catadores se especializaram de tal modo que cada um recolhe uma qualidade de concha e em uma praia específica. Isto acontece para que todos tenham trabalho e não repitam o mesmo modelo de conchas.
São mais ou menos 50 catadores que vendem as conchas lavadas e separadas para os artesãos, que representam cerca de 30% da população e contam com o apoio da Associação de Artesãos de Piúma (ASAP), e do Núcleo de Produção e Comercialização do Artesanato (NPCA). Fica explicado, assim, que é por causa de seu intenso e rico artesanato de conchas, que Piúma é conhecida como a “Cidade das Conchas”.
A história do artesanato com conchas em Piúma começou há mais de 50 anos, através da saudosa artesã, carinhosamente conhecida no balneário como Dona Carmen. Ela e seu marido foram os pioneiros neste ofício. Hoje, o trabalho de Dona Carmem tem centenas de seguidores e continua encantando os visitantes de Piúma.
