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Policiais militares são investigados por não usarem máscara contra covid-19 nas ruas

Seis soldados, dois cabos e dois sargentos foram denunciados. Eles podem ser enquadrados por transgressão do Código de Ética dos Militares Estaduais

Foto: Agência Brasil

Dez policiais militares são investigados por não utilizarem nas ruas máscara de proteção contra a covid-19, o que é obrigatório no Espírito Santo como medida de enfrentamento à doença.

O procedimento administrativo foi sugerido por um oficial da Polícia Montada que, na manhã da última sexta-feira (04), havia flagrado membros da corporação sem o acessório durante o início das atividades de equitação. 

Flagrei todos os militares da equipe de serviço, desde o mais antigo até o mais moderno, já devidamente montados e prontos para início da instrução de equitação, contudo nenhum deles usava a máscara de proteção“, afirmou o oficial no pedido enviado ao comandante. 

No documento, o oficial destaca ainda que, de acordo com a portaria 847/2020, o uso da máscara é obrigatório a todos os policiais militares e que a informação está bem difundida na corporação. 

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Ao todo, seis soldados, dois cabos e dois sargentos foram denunciados. Eles podem ser enquadrados por transgressão do Código de Ética dos Militares Estaduais.

Em nota, a Polícia Militar do Espírito Santo frisou que há questões de ordem sanitária que são objeto de regulamentação no âmbito do Espírito Santo e frisou que as atitudes dos policiais militares indicados na comunicação teriam sido, em tese, em descumprimento de normas no ambiente militar.

Esse tipo de comportamento, uma Instituição de quase 187 anos de serviços prestados à sociedade capixaba fundamentada nos princípios da disciplina e da hierarquia, não pode transigir“, destacou a corporação.

A PM disse que os fatos serão analisados pelo Comando da Unidade Especializada em questão, sob a ótica do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Espírito Santo (CEDMES), respeitando os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.

A corporação, no entanto, não detalhou quais tipos de punições os militares podem sofrer casos sejam comprovadas as irregularidades. 

A reportagem também procurou a Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo, mas até o momento não houve retorno. Assim que recebermos um posicionamento, o texto será atualizado.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.