Geral

Pobreza, sexo e raça influenciam contágio por coronavírus, diz estudo

Esses fatores sociodemográficos, refletem uma maior gravidade do vírus em idosos, homens e pacientes com patologias anteriores, como diabetes ou hipertensão

Foto: Divulgação

Segundo um estudo publicado na revista médica inglesa “The Lancet Infectious Diseases”, a pobreza, morar em uma área densamente povoada, pertencer a uma minoria racial e sofrer de doença renal ou obesidade estão associados a ser mais ou menos suscetível ao contágio pelo novo coronavírus.

Em pesquisas hospitalares, esses fatores sociodemográficos,  reflete uma maior gravidade do vírus em idosos, homens e pacientes com patologias anteriores, como diabetes ou hipertensão.

O autor do estudo, Simon de Lusignan, enfatiza a importância de saber quais os grupos demográficos com maior risco de infecção para entender melhor a transmissão da Sars-Cov2 e prevenir novos casos.

Foram analisados para a pesquisa, os resultados obtidos com os testes de coronavírus de 3.802 pessoas – 587 das quais deram positivo. Esses testes, foram realizados em centros de atenção primária na Inglaterra entre 28 de janeiro e 4 de abril deste ano.

A partir desses dados, foi concluido que adultos entre 40 e 64 anos de idade correm maior risco de sofrer com o vírus (243 dos 1.316 que participaram do estudo foram positivos, 18,5%), assim como os homens (18,4% dos 1.612 testados), de acordo com a equipe de De Lusignan.

Outros dados importantes obtidos, foi que o local de residência também tem um papel importante no contágio. Os habitantes das cidades têm maior risco de infecção (26,2% de 1816) do que os das áreas rurais (5,6% de 1986), assim como os moradores dos bairros mais pobres (29,5% de 668) em comparação com os das áreas mais ricas (7,7% de 1855).

Além disso, os negros são mais propensos a ter o vírus (62,1% dos 58 participantes testaram positivo), embora os autores digam que esses resultados devem ser interpretados cuidadosamente devido ao pequeno número de pessoas de minorias raciais na pesquisa.

Quanto às condições clínicas que estão significativamente associadas aos testes positivos, elas estão limitadas a doença renal crônica (32,9% de 207) e obesidade (20,9% de 680).

*Com informações do Portal R7