A Polícia Civil de Minas Gerais pediu a prisão preventiva do presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). De acordo com informações do portal R7, além de Vescovi, a polícia representou pelas prisões de outros cinco executivos da mineradora e de um da empresa VogBR.
Segundo a publicação, eles foram responsabilizados pelas 19 mortes provocadas pela enchente de rejeitos de minério, ocorrida no dia 5 de novembro de 2015, na região central de Minas Gerais. A tragédia foi considerada o maior crime ambiental do País. Os executivos da Samarco e da VogBR foram autuados por homicídio qualificado com dolo eventual – quando se assume o risco de matar – e poluição de água potável.
Além do presidente licenciado da Samarco, os funcionários da mineradora indiciados pela Polícia Civil foram Kleber Terra, diretor de operações; Germano Silva Lopes, gerente geral de projetos; Wagner Milagres Alves, diretor de operações; Wanderson Silvério Silva, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; e Daviely Rodrigues, coordenadora de operações de barragens. Já pela VogBR, responderá pelos crimes o engenheiro Samuel Santana Paes Lourdes, responsável pela declaração de estabilidade da barragem do Fundão.
O delegado Rodrigo Bustamente, responsável pelo inquérito, acompanhado pela chefe da Polícia Civil Andrea Vacchiano, foi quem pediu a prisão preventiva de todos eles. Ainda não há prazo para a decisão da Justiça sobre o pedido.
Segundo o portal R7, o delegado concluiu que a liquefação dos rejeitos de minério (passagem do estado sólido para o líquido) provocou o rompimento da barragem. Para Bustamente, fatores como a aceleração de obras de alteamento (expansão) e a falta de equipamentos de monitoramento contribuíram para o desastre.
(Com informações do Portal R7)