Geral

Polícia pede prisão de presidente da Samarco e de seis executivos por rompimento de barragem

Pedido foi feito pelo delegado Rodrigo Bustamente, responsável pelo inquérito que apura as 19 mortes provocadas pela enchente de rejeitos de minério, em Mariana

Polícia pediu a prisão de Ricardo Vescovi e de outros seis executivos que teriam responsabilidade sobre o desastre Foto: ​Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais pediu a prisão preventiva do presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). De acordo com informações do portal R7, além de Vescovi, a polícia representou pelas prisões de outros cinco executivos da mineradora e de um da empresa VogBR. 

Segundo a publicação, eles foram responsabilizados pelas 19 mortes provocadas pela enchente de rejeitos de minério, ocorrida no dia 5 de novembro de 2015, na região central de Minas Gerais. A tragédia foi considerada o maior crime ambiental do País. Os executivos da Samarco e da VogBR foram autuados por homicídio qualificado com dolo eventual – quando se assume o risco de matar – e poluição de água potável. 

Além do presidente licenciado da Samarco, os funcionários da mineradora indiciados pela Polícia Civil foram Kleber Terra, diretor de operações; Germano Silva Lopes, gerente geral de projetos; Wagner Milagres Alves, diretor de operações; Wanderson Silvério Silva, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; e Daviely Rodrigues, coordenadora de operações de barragens. Já pela VogBR, responderá pelos crimes o engenheiro Samuel Santana Paes Lourdes, responsável pela declaração de estabilidade da barragem do Fundão. 

O delegado Rodrigo Bustamente, responsável pelo inquérito, acompanhado pela chefe da Polícia Civil Andrea Vacchiano, foi quem pediu a prisão preventiva de todos eles. Ainda não há prazo para a decisão da Justiça sobre o pedido.

Segundo o portal R7, o delegado concluiu que a liquefação dos rejeitos de minério (passagem do estado sólido para o líquido) provocou o rompimento da barragem. Para Bustamente, fatores como a aceleração de obras de alteamento (expansão) e a falta de equipamentos de monitoramento contribuíram para o desastre.

(Com informações do Portal R7)