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Polícia vai usar bafômetro que identifica álcool no ar e intensificar fiscalização

Os novos aparelhos, que serão utilizados já a partir deste mês, detectam a presença de álcool sem a necessidade de o condutor assoprá-los

Foto: Divulgação / PRF

A Polícia Militar irá utilizar 105 etilômetros de aferição passiva em todo o Estado a partir do dia 20 deste mês. A expectativa é que os novos bafômetros aumentem o número de abordagens durante as fiscalizações.

Os novos aparelhos, que já são utilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela PM em outros estados brasileiros, detectam a presença de álcool sem a necessidade de o condutor assoprá-los. Além disso, no longo prazo, devem gerar economia para o Estado, já que dispensam o uso de bocais descartáveis.

Segundo o comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), capitão Hércules Raul Maciel, os aparelhos vão ser distribuídos para 14 Batalhões de Trânsito em todo o Espírito Santo e agilizarão ainda mais o trabalho de fiscalização. “A partir de agora, o condutor não precisa descer do carro para realizar o teste. De dentro do veículo, ele irá soprar no etilômetro e, se não tiver nada de errado, será imediatamente liberado. Dessa forma, o número de abordagens deve chegar a 100% no trecho fiscalizado”, garante.

Capitão Hércules destaca, no entanto, que os bafômetros passivos indicam o consumo de álcool, mas não medem a quantidade no organismo da pessoa, o que é necessário para a aplicação da multa. Por isso, em caso de positivo, é preciso fazer o teste à moda antiga.

“O aparelho não dispensa o equipamento tradicional, porque, se o motorista estiver alcoolizado, para fazer a multa ou a prisão, a gente precisa ter o teor alcoólico. Apesar disso, o novo aparelho é fundamental no processo de triagem. Hoje, gastamos entre cinco e 10 minutos entre a abordagem e a finalização do teste. Com os etilômetros de aferição passiva, o processo irá ser feito em segundos”, ressalta.

O comandante ainda adverte os motoristas que eventualmente possam recusar a realização do teste. “A recusa é considerada uma infração gravíssima. O motorista recebe as mesmas punições administrativas do motorista embriagado que aceita fazer o teste. Ele é multado em R$ 2.934,70, tem a carteira de habilitação recolhida e o direito de dirigir  suspenso por um ano”.