A Prefeitura de Itapemirim divulgou uma nota de esclarecimento nesta segunda-feira (3), onde afirma que não é responsável por fiscalizar os brinquedos do parque. No último sábado (1), a professora Miriam Oliveira, de 38 anos, morreu, e a filha, de oito anos, ficou gravemente ferida, após serem lançadas de um brinquedo do parque, montado há um mês na praia de Itaipava.
O parque tinha um laudo do Corpo de Bombeiros, mas a Polícia Civil afirma que o documento não era suficiente para o funcionamento. O local está interditado desde o acidente, e o dono, de 50 anos, e o operador do brinquedo, de 23 anos, foram presos e autuados em flagrante por homicídio culposo e lesão corporal culposa.
De acordo com a prefeitura, o alvará que visa as condições de estrutura, funcionamento e segurança, é de competência do Corpo de Bombeiros e dos engenheiros técnicos que emitem as ART’s elétrica e mecânica.
Ainda, segundo a nota, em visita ao parque, no dia 2 de janeiro deste ano, a equipe da fiscalização da administração municipal, solicitou as licenças para funcionamento. Os responsáveis do parque apresentaram o documento do Corpo de Bombeiros e dos engenheiros técnicos, que deram laudos favoráveis de segurança e funcionamento.
A prefeitura afirma ainda que o alvará do município é para fins tributários, e que qualquer informação sobre a estrutura do parque ter condições de funcionamento e segurança, quem poderá responder é o Corpo de Bombeiros e os engenheiros.
O Corpo de Bombeiros foi procurado para comentar a nota, mas ainda não deu um retorno.
Criança segue na UTI
A menina de oito anos segue internada em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Materno-Infantil Francisco de Assis, em Cachoeiro de Itapemirim. Os médicos não foram autorizados pela família a passar detalhes do estado de saúde da criança.
O acidente aconteceu no início da noite do último sábado (1), por volta das 20h. O brinquedo conhecido como “surf”, que faz rotação em 360º, teria começado a girar em alta velocidade, quando as duas vítimas foram arremessadas.
Testemunhas contaram para polícia, que a mãe teria caído primeiro, sendo atingida pelo próprio brinquedo. Logo depois, a criança também sofreu a queda, sendo jogada pelo lado contrário da mulher. O pai da criança teria assistido ao acidente e ficou desesperado.