Continua repercutindo em Marataízes o caso da pesca ilegal de um peixe da espécie Mero (Epinephelus itajara) ocorrida na manhã desta quinta-feira (7), na Praia do Xodó.
O peixe, que corre risco de extinção, teria vindo numa rede de pesca de arrasto e morto a golpes de remo pelos pescadores que, em seguida, o resgataram em uma caminhonete, levando-o para local desconhecido.
Dezenas de banhistas presenciaram a cena e se mostraram indignados, principalmente depois que tiveram a informação de que se tratava de uma espécie rara e protegida em todo o território nacional. Fotos e vídeos do abate criminoso estão sendo amplamente divulgados em rede social e o número de pessoas indignadas com a situação só aumenta.
A Prefeitura de Marataízes divulgou, em nota, que informou o caso ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e que vão cobrar que a situação seja apurada, inclusive penalizando os suspeitos do crime ambiental. “A Secretaria de Meio Ambiente sempre orienta aos pescadores para que não capturem esse tipo de animal, pois a pesca, transporte e comercialização é crime ambiental desde 2002”, afirmaram em nota.
A punição pelo crime
O Mero consta na lista de espécies em extinção no Brasil e prevalece a proibição de pesca em território nacional e qualquer um que infringir a lei além de pagar multa, pode ser preso e ter o cancelamento de seus cadastros, autorizações, inscrições, licenças, permissões ou registros da atividade pesqueira.
Sobre o Mero
O Mero (Epinephelus itajara) é um peixe marinho da família Serranidae e pode chegar a dois metros de comprimento e passar dos 250 kg. Ele vive em águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico, desde a costa da Flórida (EUA) até o Sul do Brasil. Quando jovem, vive em baías e estuários – ambientes aquáticos de transição entre rio e mar – para ficar mais protegido.