A Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV) ordenou que proprietários da creche particular Praia Baby, investigada após diversos casos de infecção intestinal, desmontem toda a estrutura da cervejaria artesanal que funcionava nos fundos da instituição de ensino. A determinação foi emitida na sexta-feira (29).
Segundo a prefeitura, o motivo da determinação é que a existência de produção de bebidas alcoólicas e afins – independente de contaminações – anexa a uma atividade de educação infantil é irregular e proibida pelas normas ambientais e sanitárias.
Homenagens
Mães e pais de crianças que estudam na creche prestaram solidariedade aos pais do menino Théo, que morreu no último dia 27. A criança estava internada em coma com quadro de insuficiência renal e edema cerebral após o surto Veja as homenagens.
Interdição
A creche foi totalmente interditada por prazo indeterminado na sexta feira, depois que exames laboratoriais apontaram presença de bactérias no chafariz da creche e em uma cervejaria que funcionava nos fundos do estabelecimento.
O secretário de saúde de Vila Velha, Jarbas Ribeiro de Assis Júnior, alegou que a causa do surto de diarreia na creche pode ter ligação com o chafariz do estabelecimento. Os resultados dos exames saíram nesta sexta-feira (29) e apontaram mais de 200 mil colônias de coliformes totais.
Além do chafariz, a equipe de vigilância sanitária da Prefeitura de Vila Velha encontrou uma cervejaria nos fundos da creche. O material da cervejaria também foi submetido a exames laboratoriais, que apontaram crescimento da bactéria E. Coli, que pode desencadear o quadro de gastroenterite.
A secretaria de saúde de Vila Velha informou que as investigações continuam, mas a interdição do estabelecimento foi considerada necessária, em função da grande quantidade de bactérias encontradas. “Até então, a interdição era para diálogo com os proprietários. Agora, com esses problemas, a creche está interditada. Não é possível funcionar, enquanto não tivermos toda a segurança para essas crianças voltarem à escola”, disse o secretário.
Internações
De acordo com a prefeitura de Vila Velha, há 14 casos de diarreia em pessoas ligadas à creche. Desses casos, 10 são alunos e 4 são funcionários.
Cervejaria
De acordo com a prefeitura, a cervejaria pertence ao mesmo proprietário da creche e funcionava nos fundos da propriedade. No local, foi encontrada a bactéria E. Coli, que pode desencadear quadros clínicos de gastroenterite. As crianças não tinham acesso à cervejaria, que fica separada do espaço da creche, por uma porta de aço. As investigações continuam e irão apontar se a bactéria tem relação com o surto.
Chafariz
No chafariz da creche, os exames apontaram para o crescimento de coliforme fecal, que é um grupo de bactérias no trato intestinal humano. Segundo o relatório da prefeitura, as crianças utilizavam o chafariz todas as terças e quintas-feiras. O chafariz funciona com um sistema de cisterna. Segundo o secretário, o sistema não apresentava ‘bom estado’.
E de acordo com a coordenadora de epidemiologia de Vila Velha, Giovana Ramalho, as colônias de coliformes fecais não representam, inicialmente, ligação com o quadro de gastroenterite. Porém, a situação da cisterna chamou a atenção da prefeitura.
As investigações sobre a origem do surto ainda estão em andamento.