As chuvas que atingiram a Bahia e Minas Gerias, estados vizinhos ao Espírito Santo, acendem um alerta em quem mora em áreas de risco. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Cariacica é o município que tem a maior quantidade de áreas de risco na Grande Vitória. Mais de 26 mil pessoas podem ser afetadas com chuvas mais fortes.
Welber Mendes é um dos moradores que temem os temporais no período de chuva, entre outubro e março. Ele mora em um dos mais de seis mil pontos de risco identificados pelo Corpo de Bombeiros na cidade.
Próximo à casa dele, no bairro Oriente, há um barranco que virou um pesadelo para quatro famílias. Quando chove, segundo Welber, há grande risco de desmoronar. Há cerca de um ano, parte do barranco caiu e causou estragos materiais e psicológicos.
“O muro caiu e até hoje meu filho, que estava aqui no momento, ficou um pouco abalado. Com essa chuva que está vindo por aí, a gente fica preocupado. A gente não sabe o que pode acontecer”, desabafou.
Na época em que o barranco desceu, a Defesa Civil e o prefeito estiveram no local. Eles disseram que tomariam providências, mas, de acordo com os moradores, a situação continua a mesma.
“Qualquer chuvisco é motivo para gente não dormir. Temos medo de um desastre maior”, disse um dos vizinho de Welber.
Em nota, a Defesa Civil do município disse que foi ao local e constatou que o local pertence a uma propriedade particular. A equipe identificou que o ponto tem risco de queda e instalou lonas para evitar deslizamentos, além de orientar os familiares para que façam os reparos necessários, que devem ser executados pelo proprietário do imóvel.
Segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Carlos Wagner, nesse período de chuva, o alerta para quem mora nas áreas de risco precisa ocorrer de forma eficiente. O órgão aponta que mais de 26 mil pessoas vivem em áreas de risco em Cariacica, cidade da Grande Vitória que mais preocupa as autoridades.
“A tragédia geralmente é anunciada anteriormente ao problema. Você precisa sair de casa, procurar um ambiente seguro para ficar e acionar a Defesa Civil de onde mora através do telefone 199. O simples fato de agir de forma preventiva, pode evitar que uma tragédia aconteça”, alertou.
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As cidades de Castelo, Alegre, Cachoeiro de Itapemirim e Afonso Cláudio tem sofrido com as chuvas nos últimos dias. Os moradores registraram ruas alagadas, quedas de barrancos e casas inundadas. Nas chuvas do último fim de semana, mais de 1.700 pessoas ficaram desabrigadas no Estado.
Com as cheia do Rio Doce, em Linhares e Colatina, e com o novo alerta de chuva do Instituto Nacional de Meterologia (Inmet) em pelo menos 11 cidades do interior do Estado, a atenção, segundo os bombeiros, precisam ser redobrada.
“Apesar de toda a chuva que está caindo, ainda não foi como em 2013 ou 2020. Apesar da dificuldade que parte da população está vivendo, principalmente na região do Caparaó, não é uma chuva que trouxe um prejuízo tão grande se compararmos com a Bahia e Minas Gerais”, disse o tenente-coronel.
*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.
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