Com a morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos, nesta quarta-feira (08), que assume o trono no lugar de umas mais carismáticas e longevas chefes de Estado da História recente é seu filho, o príncipe Charles Philip Arthur George, primeiro na linha sucessória da realeza.
Popularmente conhecido apenas como príncipe Charles, o agora rei do Reino Unido, esteve no Brasil em quatro oportunidades, em 1978, 1991, 2002 e 2009, tendo inclusive, passado pelo Espírito Santo sua segunda vinda ao País.
De acordo com informações da BBC News, a sucessão é definida por leis que vêm dos séculos 17 e 18, sendo que o trono não pode ficar vago nem sequer por um dia. Ainda conforme a rede de notícias, o novo rei optou por ser chamado de Charles 3º e sua ascensão deverá será proclamada em até 48 após o anúncio da morte da rainha.
Comunicado
Por meio de um comunicado breve, segundo informações do Estadão, Charles lamentou a morte de sua mãe, afirmando sentir grande tristeza com a perda da monarca.
O texto do comunicado afirma que Charles se declarou enlutado pela morte de “uma soberana querida e uma mãe muito amada”;
“Sei que a perda dela será profundamente sentida ao redor do país, reinos e Comunidade das Nações, e por incontáveis pessoas ao redor mundo”, ressaltou, segundo o Estadão.
Ao se tornar o rei “Charles III”, a mulher do novo monarca, Camilla, se torna rainha consorte.
Visita ao Espírito Santo
Em sua visita ao Estado, em abril 1991, o então príncipe Charles participou de um ato simbólico em Aracruz, no Norte do Estado: visitou a sede da Aracruz Celulose e plantou uma árvore, em ato simbólico, junto com autoridades estatais e moradores locais.
A morte da rainha Elizabeth II
Morreu, aos 96 anos, a rainha Elizabeth II. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (8), logo após a Casa Real britânica informar que a monarca havia sido colocada sob cuidados, após seus médicos particulares expressarem preocupações com sua saúde. Elizabeth morreu em seu castelo em Balmoral, na Escócia, onde passava férias desde julho.
“Após uma avaliação mais aprofundada nesta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica”, diz o aviso divulgado pela Casa Real.
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Autoridades mundiais lamentam morte da rainha
Autoridades de diferentes países e organizações lamentaram publicamente a morte da Rainha Elizabeth II, confirmada pelo Palácio de Buckingham. A monarca teve o reinado mais longo da história britânica e morreu aos 96 anos.
Primeiro-ministro do Canadá, onde a rainha atuava como chefe de Estado, Justin Trudeau disse enviar seus melhores desejos para a família real. “Meus pensamentos e os pensamentos dos canadenses em todo o país estão com Sua Majestade a Rainha Elizabeth II neste momento.”
“Sua Majestade a Rainha Elizabeth II incorporou a continuidade e a unidade da nação britânica por mais de 70 anos”, escreveu o presidente da França, Emmanuel Macron, pelas redes sociais. “Lembro-me dela como uma amiga da França, uma rainha de bom coração que deixou uma impressão duradoura em seu país e em seu século.”
Na Itália, o presidente Sergio Mattarella destacou a figura “excepcional” da monarca. O líder escreveu que ela será lembrada a sabedoria e “o altíssimo sentido de responsabilidade, expresso sobretudo na generosidade de espírito com que a Soberana consagrou a sua longa vida ao serviço dos cidadãos britânicos e da maior família da Commonwealth”.
Já o presidente da Comissão Europeia, Charles Michel, afirmou que seus pensamentos estão com a família real e com os que choram pela Rainha Elizabeth no Reino Unido e ao redor do mundo. “Uma vez chamada Elizabeth, a Firme, ela nunca deixou de nos mostrar a importância de valores duradouros em um mundo moderno com seu serviço e compromisso.”
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres disse estar profundamente triste com a notícia da rainha, “admirada mundialmente por sua liderança e devoção”. “Ela era uma boa amiga da ONU e uma presença tranquilizadora durante décadas de mudança. Sua dedicação inabalável e ao longo da vida será lembrada por muito tempo.”
Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde disse que Elizabeth II tem sido um “farol de estabilidade” que mostrou um “senso de dever infalível” durante seu reinado de 70 anos.
Na Casa Branca, assim que o anúncio foi feito, a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre, lamentou a notícia. O presidente Joe Biden faria discurso sobre vacinas para covid-19 nesta tarde, mas cancelou o evento.
70 anos de reinado em 2022
Em fevereiro deste ano, rainha Elizabeth II comemorou 70 anos de reinado. A marca nunca foi alcançada por nenhum outro monarca na história do Reino Unido.
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O evento comemorativo, conhecido como Jubileu de Platina, contou com desfiles, festas e cerimônias. Na ocasião, Rainha Elizabeth também revelou seus desejos:
“E quando, no devido tempo, meu filho Charles se tornar rei, eu sei que vocês darão a ele e a sua esposa Camilla o mesmo apoio que me deram; e é meu sincero desejo que, quando vier o tempo, Camilla será conhecida como Rainha Consorte ao continuar seu próprio e leal serviço”, disse ela.
Elizabeth Alexandra Mary de Windsor
Elizabeth Alexandra Mary de Windsor nasceu em Londres e recebeu uma cuidadosa educação, estudando principalmente história, línguas e música. Em 1936 tornou-se herdeira do trono quando o tio, o rei Eduardo VIII, para poder casar-se com uma norte-americana divorciada, abdica ao trono em favor do pai de Elizabeth, o príncipe Albert Frederick Arthur George, duque de York, que passa a reinar com o nome de George VI.
Em 1947 Elizabeth se casou com Philip de Mountbatten, duque de Edimburgo e primo distante. A saúde de George VI ficou delicada e, a partir de 1951, a filha passou a representá-lo em compromissos oficiais. Em 1952 ele morreu e no ano seguinte, ela foi coroada e saiu em viagem de seis meses pelo Commonwealth, conjunto dos países que integram o Império Britânico.
Durante o reinado, dá-se o processo de emancipação de numerosas colônias, que, embora adquirindo independência, permaneceram ligadas à Comunidade Britânica. A Índia foi a primeira a se tornar independente, em 1947. Em 1948 é a vez da Birmânia e da Irlanda; em 1961, ganha autonomia a África do Sul; em 1972, o Paquistão.
Moderna, Elizabeth II permitiu que a vida doméstica da realeza fosse filmada pela primeira vez em 1970 e aceitou o divórcio da irmã em 1978. Tem quatro filhos: o príncipe Charles, herdeiro do trono, a princesa Anne e os príncipes Andrew e Edward.
Com informações de: Só Histórias, Agência Estado e BBC News