A Maternidade Pró-Matre suspendeu os trabalhos neste sábado (14), em Vitória. De acordo com os funcionários, o motivo da suspensão dos serviços é a falta de pagamento dos salários de médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e pessoal de higienização.
Segundo o diretor técnico da Pró-Matre, Hélcio Menezes Couto, do quadro de 220 funcionários, apenas três estão trabalhando neste sábado para não deixar quem já está internado sem atendimento. “Não temos condições de recebermos mais ninguém, já que apenas três funcionários foram trabalhar”.
Na última quinta-feira (12), o Folha Vitória informou que vários hospitais filantrópicos do Estado ameaçam fechar por falta de pagamentos. Na ocasião, a gerente de Regulação Assistencial da Secretaria de Saúde, Maria Gorette Casagrande dos Santos, explicou que o pagamento dos débitos do Estado junto aos hospitais filantrópicos já teve início.
“O Estado herdou uma dívida de R$ 100 milhões, referentes a pagamentos de outubro, novembro e dezembro. R$ 68 milhões era o débito com os filantrópicos. Mas em fevereiro foram pagos os meses de outubro e novembro. O pagamento de dezembro depende de um aporte financeiro e orçamentário o mais rápido possível. O pagamento de janeiro teve início na terça-feira”. A mesma informação foi mantida pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) neste sábado.
A Sesa orientou as grávidas a procurarem outras maternidades da Grande Vitória, incluindo o Hospital Maternidade de Vila Velha e Santa Casa de Misericórdia, em Vitória, Hospital das Clínicas, Maternidade de Carapina, Maternidade de Cariacica e Hospital Estadual Infantil. Em casos de gravidez de risco, devem buscar o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.
A reportagem do Folha Vitória tentou entrar em contato com o ex-secretário estadual de Saúde, Tadeu Marino, mas até o fechamento desta matéria não conseguimos contato. Por telefone, a assessoria do ex-governador do Estado, Renato Casagrande, informou que a dívida é de responsabilidade do Governo Federal, mas que a gestão estadual anterior deixou dinheiro em caixa para a quitação de tais débitos.