O ex-professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Bruno Borges Deminicis foi condenado por falsificação de documento público. Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), ele teria falsificado dois certificados de um programa de iniciação científica para beneficiar um estudante da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), que buscava ser aprovado em um processo seletivo de mestrado.
Bruno Borges Deminicis foi condenado à pena de dois anos, oito meses e 20 dias de reclusão, em regime aberto, e de pagamento de multa de R$ 8.298,00, a ser atualizada monetariamente desde a data dos fatos (2011). No entanto, a pena privativa de liberdade foi substituída por duas privativas de direito. Ou seja, além do pagamento da multa, o professor deverá prestar serviços à comunidade pelo mesmo período da condenação e pagar, ainda, prestação pecuniária no valor de R$ 21 mil.
Um dos certificados falsificados atestava que o estudante havia participado de programa de iniciação científica entre 1º de março de 2009 e 2 de dezembro de 2009, totalizando 960 horas. Já o outro documento atestava participação em atividades entre 11 de março de 2010 e 12 de dezembro de 2010, com a mesma carga horária.
Ambos os certificados foram confeccionados pelo professor Bruno Deminicis e a falsidade foi constatada em razão de não possuírem registro de autenticidade na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufes.
Em relação ao estudante, o MPF/ES fez o declínio de atribuição para a Procuradoria da República em Teófilo Otoni (MG), porque o uso do certificado falso se deu perante a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Ufes
Segundo informações da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o professor Bruno Borges Deminicis lecionou no Departamento de Zootecnia da Universidade no período de 05/08/2010 a 07/01/2015, data em que foi redistribuído para outro órgão. A Ufes ainda informou que não constam registros de orientação em Iniciação Científica realizada pelo professor no período mencionado na denúncia.
Outro Lado
O Folha Vitória tentou contato com o professor, mas não obteve retorno até esta publicação.