O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) apontou que a principal causa da queda do piso de uma escola que feriu uma professora foi a deterioração da estrutura, resultado da ação de cupins. O acidente aconteceu na última quinta-feira (18), no Centro Educacional Primeiro Mundo, em Santa Lúcia, Vitória.
Na ocasião, uma professora caiu do segundo andar de uma sala da aula após o piso ceder. Ela foi parar na sala do primeiro pavimento, onde não havia alunos no momento do acidente.
A professora foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com dores na coluna, nos braços e no abdômen. Ela foi levada consciente para um hospital particular de Vitória, onde segue internada.
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O Crea-ES realizou uma vistoria no local, nesta sexta-feira (19), e detectou a presença de insetos e a desintegração de partes da peça de madeira do painel, causada pela infestação de cupins que fragilizou, danificou e afetou a estabilidade do material, culminando no desabamento da estrutura.
“Risco oculto”, diz Crea sobre infestação de cupins no piso
Em entrevista à TV Vitória/Record, o gerente de relacionamento institucional do Crea-ES, Giuliano Battisti, informou que se tratava de um “risco oculto”, porque a estrutura era típica de um mezanino, com a placa de madeira entre as camadas de cimento.
“Era um risco que ninguém conseguia ver. Neste caso, em estrutura típica de mezanino, a madeira estava danificada. É o que a gente chama de risco oculto. O ataque de cupins reduziu a resistência do material”, explicou.
De acordo com Battisti, para este tipo de estrutura é importante exigir os manuais dos fornecedores e verificar se constam informações sobre a manutenção, principalmente para saber se a madeira passou por tratamento anticupim.
O Crea-ES recomendou aos proprietários da escola que providenciassem a elaboração de laudo técnico, a ser realizado por profissional devidamente habilitado, comprovando a estabilidade, a salubridade e a habitabilidade do imóvel.
Orientou também o isolamento de todos os ambientes nos quais foi adotada a mesma metodologia construtiva até que os devidos reparos e substituições sejam realizados.
O que diz a escola
Em nota, o Centro Educacional Primeiro Mundo informou que não havia alunos nas salas de aula quando o caso ocorreu e que o Samu foi acionado imediatamente. A escola suspendeu as aulas no prédio onde o piso cedeu. Leia a nota:
“A instituição confirma que nesta quinta-feira (18/04) houve um incidente no piso da unidade. Não havia alunos em sala. A professora, presente na sala, recebeu os primeiros socorros. O Samu foi acionado e a sala foi imediatamente interditada. O colégio suspendeu as aulas no prédio em questão para uma minuciosa inspeção e está oferecendo todo o apoio necessário à professora, familiares e toda a comunidade. Reforça, ainda, que a segurança dos estudantes, professores e funcionários é sua maior prioridade.”
*Com informações de Vitor Zucolotti, repórter da TV Vitória/Record.
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