Os professores da rede municipal de Vila Velha, em greve desde o dia 16 de maio, decidiram em assembleia nesta quinta-feira (29) que vão continuar em greve pelo menos até a próxima semana, quando deve acontecer uma nova reunião da categoria, no dia 5. O que chama a atenção é a baixa adesão da categoria. De acordo com os próprios professores, menos de 20% dos docentes estão de braços cruzados.
De acordo com um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), a prefeitura mantém diálogo com a categoria, porém ainda não apresentou nenhuma proposta.
Na pauta de reivindicações está o reajuste salarial, eleições diretas para diretores de escolas, que hoje é feito por indicações, além do recebimento do auxílio alimentação e vale transporte.
Questionada sobre a greve, a secretaria de Educação da Prefeitura de Vila Velha não respondeu à equipe de reportagem do jornal online Folha Vitória até as 18 horas.
Fim da greve em Vitória
Os professores da rede pública de Vitória decidiram finalizar a paralisação na última quarta-feira (28), mas de acordo com o sindicato da categoria, ainda não foi definido o esquema de reposição de aula. A Prefeitura de Vitória informou que todo o processo de paralisação do magistério municipal, de 18 dias letivos, foi considerado ilegal pela Justiça.
Ainda segundo a prefeitura, todas as determinações legais e administrativas serão cumpridas para assegurar o direito do aluno, desde os dias letivos e a carga horária, até os conhecimentos e conteúdos escolares.
Rede estadual com aulas normais
Após 37 dias, os professores da rede estadual decidiram por fim à greve após assembleia. De acordo com os professores, o governo do Estado abriu mão do corte de ponto e da multa para o sindicato da categoria, que ultrapassava os R$ 740 mil, como foi acordado na última reunião, em 15 de maio.
O ponto principal e mais polêmico das reivindicações, a reposição inflacionária, não foi alcançado pela categoria. “Nosso objetivo principal não foi alcançado. Nós mostramos para o governo que a reposição inflacionária é possível mesmo com a lei eleitoral, mas não houve acordo sobre esse assunto”, afirma o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Gean Carlos Nunes.