Cerca de 60 pessoas entre professores e alunos fizeram uma vigília dentro da sede da Secretaria de Estado da Educação. Os manifestantes, que no inicio da manhã desta segunda-feira (19) protestavam em frente à secretaria, também resolveram entrar no prédio.
A Policia Militar foi acionada, e acompanhou a movimentação dos manifestantes de longe. Os professores estão em greve há mais de um mês e a categoria luta por melhores condições de trabalho e pela reposição salarial. “Nós queremos reposição das perdas inflacionárias, e isso é garantido pela legislação”, afirma o professor Swami Cordeiro.
Segundo os professores, às 16 horas todos os funcionários da Secretaria de Educação foram liberados. O expediente terminou mais cedo, antes das 19 horas, e por isso nenhum professor pode entrar mais na Sedu. Eles se reuniram no pátio da secretaria e decidiram continuar a vigília durante a noite.
“A nossa intenção inicial nem era ficar. Foi uma decisão da secretaria que disse que quem estava aqui dentro não sairia mais. A reunião apontou para que nós ficássemos e virássemos a noite”, explica a professora Rosalba Lima Coutinho.
A greve foi considerada ilegal pela justiça no dia 15 de maio. Segundo a Procuradoria Geral do Estado, a multa diária de R$ 20 mil já é de aproximadamente R$ 700 mil.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) informou que a maioria dos professores retornou às atividades nesta segunda-feira (19) e que as escolas estão recebendo orientações para reposição das aulas. A reposição deverá acontecer aos sábados.
A Sedu informou também que o ano letivo será encerrado em dezembro, e que os professores que não retornam ao trabalho nesta segunda-feira terão o ponto cortado desde o primeiro dia de greve, que foi 14 de abril.
O sindicato dos professores marcou assembleia geral para esta quarta-feira (21), quando vão decidir se mantém ou não o movimento grevista. A Sedu informou que não vai se pronunciar sobre a ocupação do prédio da secretaria.