Em tempos de pandemia do Novo Coronavírus, muitos profissionais autônomos precisaram fazer algumas modificações na rotina de trabalho e, em alguns casos, até mesmo suspender as atividades.
As diaristas, por exemplo, reduziram a carga horária. No condomínio em que a zeladora Neide atua, ela precisou acrescentar algumas tarefas, como a higienização das maçanetas e portas de duas a três vezes por dia.
Já a Luana, maquiadora e designer de sobrancelhas, é profissional autônoma. Por medidas de segurança contra o vírus, ela precisou cancelar o atendimento às clientes.
“Sempre adotei as medidas básicas de segurança. Uso de máscaras, uso de luvas, esterilização, desinfecção. Desde a semana passada, senti uma redução do movimento, algumas pessoas desmarcando por causa do surto do Coronavírus. E essa semana, foi fatal. Eu me conscientizei e tive que cancelar as clientes agendadas”, conta a maquiadora.
A fisioterapeuta Maury Fernandes trabalha com a reabilitação de pacientes, sendo a maioria idosos, e também suspendeu os atendimentos a partir desta segunda-feira (23). “Eu atendo pessoas idosas, pacientes pós-câncer, reabilitação. Então por medidas de segurança para eles e pra mim, já que fazem parte do grupo de risco, resolvi suspender os atendimentos”, explica.
Na casa da repórter da TV Vitória / Record TV, Vanuza Santana, uma diarista faz faxina duas vezes por semana. Para a segurança dela e da família, seus serviços foram temporariamente suspensos neste período de pandemia.
De acordo com a infectologista Carolina Frizzera, caso a diarista apresente algum quadro sugestivo de resfriado, ela não deve trabalhar. O mesmo também vale para as famílias. Caso alguém na casa apresente sintomas de síndrome gripal, não deve receber a funcionária, pois ela corre risco de contrair a infecção.
“No caso dos profissionais que, para a realização do serviço, é necessário contato físico, como as maquiadoras, o ideal é que as atividades sejam suspensas durante a pandemia”, completa a médica.
O Ministério da Economia anunciou que profissionais autônomos, que trabalham sem a carteira assinada, terão um auxílio de R$ 200 mensais durante três meses.
*Com informações da repórter Vanuza Santana, da TV Vitória / Record TV