Levar atendimento e proteção, principalmente, em tempos de pandemia de covid-19 tem sido o objetivo de muitos profissionais de saúde espalhados pelo Brasil. Um exemplo disso aconteceu no Espírito Santo, no interior de Colatina. A enfermeira Lucilene Schultz, a motorista Jucileide Leida e a agente comunitária Elza de Oliveira, atravessaram um córrego para vacinar a dona Palmerina Conceição Souto, de 93 anos.
Depois das chuvas que atingiram o Estado, o carro em que o grupo estava não conseguiu passar por uma estrada na região de São Gabriel de Baunilha devido a lama. Diante do obstáculo, a motorista Jucileide sugeriu que elas passassem por um córrego, que geralmente tem o nível de água baixo. No entanto, por causa do temporal, o grupo fez a travessia com a água nos joelhos.
A enfermeira Lucilene disse que tem todo carinho com as doses, que após abertas duram aproximadamente seis horas. “Era a última dose do dia, e a segunda da senhora Palmerina, então não podíamos voltar sem vaciná-la. Foi adrenalina, mas valeu a pena”, contou a enfermeira.
O percurso durou cerca de 10 minutos. Quando elas retornavam, começou a chover novamente e a água subiu até a altura das coxas. Lucilene contou, ainda, que a motorista tem um trauma de afogamento, mas que mesmo assim enfrentou a travessia. “Fazemos isso por amor e não tem dinheiro que pague”, frisou ela.
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