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Projeto inédito para ressocializar ex-detentos é lançado no Espírito Santo

Serviços nas áreas como saúde e qualificação serão oferecidos pelo projeto. A iniciativa faz parte do projeto Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça

A iniciativa faz parte do projeto Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Foto: Divulgação

Foi inaugurado na manhã dessa quarta-feira (20) um projeto inédito no país para atender pessoas que já deixaram o sistema prisional.  A proposta do projeto Escritório Social é reunir, num mesmo local, atendimentos e serviços para dar suporte aos ex-detentos e suas famílias.

O Escritório Social funcionará no Edifício das Repartições Públicas, na Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória.  Segundo a Secretaria de Justiça, serão disponibilizados serviços nas áreas como saúde, qualificação, encaminhamento profissional e atendimento psicossocial. Uma equipe multidisciplinar ficará à disposição dos ex-presos e seus familiares para dar orientação e apoio.

Dessa forma, aqueles que já deixaram o sistema prisional capixaba poderão resgatar sua cidadania e vencer as barreiras no retorno à sociedade, contribuindo para a redução da reincidência criminal. 

Com o acompanhamento do egresso, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) poderá aprimorar o trabalho de ressocialização, a partir das principais necessidades que forem verificadas nos atendimentos e, ainda, buscar parcerias com instituições que possam contribuir para a reintegração dessas pessoas à sociedade.  

A iniciativa faz parte do projeto Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançado no Espírito Santo em fevereiro, com a presença do ministro Ricardo Lewandowski. 

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, o Escritório Social está unindo poderes públicos e a sociedade civil para solucionar questões que podem reduzir a reincidência criminal, como a inclusão social dos ex-detentos e o apoio às suas respectivas famílias.

Para a coordenadora do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Espírito Santo (GMF-ES), juíza Gisele Souza, o Judiciário está dando um passo à frente para promover a pacificação social. “Quando essa pessoa retorna à sociedade e é acompanhada, a chance de voltar a cometer crimes diminui muito”, explica.