Uma ideia dividida entre o pedagogo e músico, Carlos Roberto Ciprino, e o presidente da Associação de Moradores do Bairro Coroado, Régis Fernandes, está ofertando música e oportunidade para quem deseja aprender a arte de tocar violão. O projeto social Anjos do Violão foi criado em 2010 e hoje atende em torno de 25 pessoas.
Carlos Roberto, o Carlinhos, ministra as aulas duas vezes por semana na própria associação do bairro, em frente à Escola Maria Ramalhete Corrêa. “Estamos oferecendo aulas gratuitas para crianças de cinco anos a adultos de 60, só cobramos uma inscrição de R$ 20 para a manutenção dos materiais. Tendo um violão, todos podem participar. Para os menores de idade é necessário vir com os pais no ato da inscrição e estar matriculado na escola”, explicou.
O grupo já se apresentou no Recanto dos Idosos, no Radium Hotel, em ruas e festas de comunidades. “Com o passar dos anos o grupo foi se expandindo e com isso aumentando os convites para apresentações”, disse o músico.
Aluna do projeto, Jhenifer Santos Loofi, 12 anos, sonha em ser famosa através da música. “O presente mais lindo que eu ganhei foi o violão. Sou apaixonado por instrumentos e pretendo seguir carreira”, falou.
Sobre as aulas de violão, a aluna disse que está adorando fazer. “O professor Carlinhos ensina direito e explica bem. Acho que todas as mães deveriam colocar seus filhos”, pontuou Jhenifer.
“Minha filha faz 13 anos agora dia 28 de junho e meu marido deu um violão de presente, mas eu não tenho condições de pagar aulas para ela. Minha cunhada contou sobre esse projeto no Coroado e resolvemos conhecer. Jhenifer em pouco tempo de aula já tocava. É muito bacana ver como ela está gostando, todo noite ela senta na cama e fica treinando”, relatou Shirley Batista dos Santos, mãe da aluna.
O projeto sobrevive de doações da comunidade e do comércio local. Mas o Anjos do Violão está precisando de mais ajuda para aumentar o público que atende e seguir com o projeto. “Nós somos voluntários, não ganhamos nada e por isso não podemos investir também. Tem muitas pessoas que gostariam de participar, mas não possuem o instrumento nem condições de comprar. Por isso pedimos, há quem puder ajudar, doação de violões. Pode ser usado, quebrado e até só as cordas”, finalizou Carlinhos.
