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Protesto de professores interdita a BR-101, em São Mateus

Um protesto de professores interdita totalmente a BR-101, em São Mateus, no norte do Estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a interdição teve início às 08 horas, no km 64.  

Na noite da última quinta-feira (24), a categoria realizou um protesto durante um audiência pública para a votação do orçamento 2015, em Vitória.

A greve dos professores da rede estadual de ensino teve início no dia 14 de abril. Eles reivindicam reposição salarial das perdas da inflação, respeito à lei do piso, votação para diretores e coordenadores de escolas feitos pela própria comunidade escolar e reestruturação dos planos de carreira. Ao todo, a pauta possui 14 pontos.

Na última quinta-feira (24), os professores da rede municipal de Vitória também entraram em greve.

Assembleia

Na próxima terça-feira (29), os professores da rede estadual se reúnem em assembleia, às 09 horas, no Centro Sindical dos Bancários, no Centro de Vitória, para definir os rumos do movimento.

Entenda o caso

No início do mês de março, a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.

No dia 17 de março, um protesto realizado pelos professores terminou em conflito com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Serra. Os docentes foram às ruas pedir mais valorização da classe. A polícia exigia que os professores ocupassem apenas uma faixa da via, o que não foi obedecido. Com a recusa do grupo, a polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

Já no dia 18, mais de 5 mil professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa em nova manifestação. O protesto teve início na avenida Carioca, em Vila Velha. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte e, em seguida, foram para o Hortomercado, em Vitória, onde se reuniram com profissionais de diversos municípios capixabas.

No dia 8 de abril, após uma assembleia, os profissionais decidiram entrar em greve e pararam o trânsito. Eles se concentraram na Praça Getúlio Vargas e seguiram em caminhada até o Palácio Anchieta, em Vitória.

Na manhã do dia 14, a categoria se reuniu na Praça Duque de Caixas, em Vila Velha. Já no dia seguinte, cerca de 500 professores e alunos realizaram um protesto pelas ruas de Vitória.  A concentração teve início por volta das 08 horas, na Praça do Cauê, e só foi encerrada por volta do meio dia.

Secretário diz que governo está aberto às negociações

Em entrevista ao programa Fala Manhã, da TV Vitória/Rede Record, no último dia 15, o secretário estadual de Educação, Klinger Barbosa, lembrou que a Justiça considerou a greve ilegal. Ele disse ainda que o governo está aberto às negociações com a categoria, e que os professores deverão repor as aulas.

“A decisão da Justiça considerando a greve ilegal se baseou no fato de que os estudantes não podem ser prejudicados. Nossas escolas estão abertas, e os professores precisam comparecer. Essa é uma decisão judicial que precisa ser garantida, tanto para o lado dos professores, como para ao lado da Sedu (Secretaria Estadual de Educação). Nós temos o compromisso de manter as escolas abertas, e de atender aos estudantes. Temos muitos programas em andamento, de reforço escolar, as aulas normais, e os programas complementares. Nós estamos abertos para conversa com os professores”, explicou.

Lei impede reajuste

Inconformados com a remuneração, servidores estaduais fizeram diversas manifestações durante o ano. A principal reivindicação das categorias era o aumento salarial. Mas, de acordo com a lei 9504/97, que estabelece normas para as eleições, já não é possível realizar nenhum reajuste no salário dos servidores.

Segundo a lei, estão vedadas as concessões de reajustes ou revisões de tabelas remuneratórias dos servidores públicos estaduais, em conformidade com a legislação eleitoral, nos 180 dias que antecedem as eleições, e a Lei de Responsabilidade Fiscal, nos 180 dias que antecedem o final do mandato. Foi o que informou a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger). Saiba mais sobre o assunto. Clique aqui.