Após mais de sete horas de trânsito bloqueado devido a um protesto de moradores da Serra, a rodovia BR-101 foi liberada para o tráfego, por volta das 12h45. Os moradores reivindicam que uma mineradora que funciona na região seja fechada. Houve confronto entre manifestantes e a polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Os manifestantes entraram em confronto com policiais da Tropa de Choque da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O bloqueio aconteceu no quilômetro 263, altura do bairro Pitanga.
Por volta das 11h45, policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que respondiam lançando pedras contra os policiais.
Os manifestantes queimaram pneus na rodovia e o trânsito ficou bloqueado desde 5 horas. Durante o confronto, houve tumulto e correria. Não há informações de feridos.
Em nota, a prefeitura da Serra afirmou que, assim como os moradores, também é contra a instalação da empresa na região e informou que o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) é o responsável pela liberação da instalação da empresa.
Também em nota, o Iema informou que a solicitação de renovação de licença da empresa de mineração está em análise. Para emissão das licenças de operação, a empresa deve apresentar ao órgão a anuência da prefeitura da Serra. O Iema informou também que exige da empresa todas as medidas de controle ambiental necessárias para este tipo de atividade, entre elas umectação, cortina vegetal e utilização de explosivos de baixo ruído.
O protesto
A manifestação começou por volta das 5 horas, próximo ao Posto BKR. De acordo com informações passadas pela concessionária responsável pela via, a Eco 101, o congestionamento chegou a cinco quilômetros no sentido Sul e dois quilômetros no sentido Norte.
Os manifestantes alegam que as atividades exercidas pela mineradora poluem o solo e o ar, e causam doenças.
Além disso, segundo os manifestantes, essas atividades destroem a vegetação e animais nativos da região. Eles também têm uma crítica à poluição visual do local e alegam que o bairro é o cartão postal do município.
A mineradora foi procurada, mas não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.