Apenas no Espírito Santo cerca de 700 pessoas estão na fila a espera de um transplante de rim, segundo a coordenadora da central de transplante e órgãos da Secretaria de Saúde do Estado, Rozemere Erlacher. Ainda de acordo com ela, a cirurgia lidera a lista de espera do Sistema Nacional de Saúde do Estado.
Para Rozemere, o principal desafio é sensibilizar as pessoas que ser um doador de órgãos é muito importante. “A lista é única e totalmente fiscalizada pelos órgãos públicos, é transparente e todos podem fazer o acompanhamento. Através dos meios de comunicação tentamos sensibilizar as pessoas a conversarem sobre esse assunto em vida para ajudarem outras”, afirma a coordenadora.
A estudante Leonara Andrade está na fila de espera para um transplante de rim há seis meses. Em janeiro de 2013, ela descobriu que 50% do rim direito não estava funcionando e, a partir daí, começaram as complicações. O estado de Leonara era grave. Ela teve que ser internada e o único rim que funcionava passou a ficar com apenas 12% da função renal. “Minha rotina mudou. Não podia nem buscar ou levar meus filhos na escola”, contou emocionada.
Quando os ruins param de funcionar, a hemodiálise surge como um tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do organismo. Leonara está há 10 meses fazendo esse tratamento.
Assim como a estudante, o secretário Estadual de Saúde, Tadeu Marino, sofria de insuficiência renal e há anos fazia sessões de hemodiálise. Ele aguardava o transplante na lista única nacional para receber o órgão.
O secretário passou por um transplante para receber um rim na noite de sábado (21) e a cirurgia aconteceu em um hospital particular em Cariacica. A secretaria de Saúde, não pode dizer a procedência do órgão, mas informou por nota que ele passa bem.