Após cerca de 15 dias das chuvas que castigaram a região Sul do Espírito Santo, o Corpo de Bombeiros continua buscas para encontrar a última pessoa desaparecida. Ela sumiu na cidade de Mimoso do Sul. Equipes de resgate estão utilizando cães e drones.
Segundo a Defesa Civil, até o momento foram verificadas 18 mortes em Mimoso do Sul e duas em Apiacá em função do temporal registrado de 22 para 23 de março.
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Seis pessoas, que estavam desaparecidas na época, foram localizadas e quase 8 mil precisaram deixar suas casas após as chuvas: 7.296 desalojadas e 408 desabrigadas. Os dados são do boletim da Defesa Civil do início desta semana.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, na busca pela última pessoa que está desaparecida, equipes do Centro de Respostas a Desastres (Cerd) estão utilizando embarcações, drones e cães de busca e detecção de pessoas.
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As equipes percorreram todo o percurso do rio Muqui até desaguar no Rio Itabapoana. Os cães estão sendo utilizados em pontos de interesse, em locais com acúmulo de detritos do rio e também há militares fazendo buscas pelas margens, uma vez que o nível do rio subiu muito.
Não foi informada quem é essa pessoa desaparecida e onde ela morava ou estava no dia do temporal. Choveu mais de 200 milímetros na ocasião em Mimoso do Sul.
Professora e filho morreram após deslizamento de terra
Dentre as vítimas que morreram por conta das fortes chuvas em Mimoso do Sul estão a professora Adair Antônia Fernandes Medeiros, de 43 anos, e o filho, Leonardo Fernandes Medeiros de Souza, 6 anos.
Ela, o marido e os dois filhos estavam casa, em um sítio de Conceição de Muqui, quando o local foi atingido por um deslizamento de barreira. O homem e o filho mais novo do casal, de 2 anos, foram resgatados. Adair e Leonardo, no entanto, não resistiram.
Em entrevista à TV Vitória/Record, a mãe da professora, Maria da Graça, disse que Adair era uma muito querida e Leonardo era uma criança alegre e iluminada.
“Minha filha era uma pessoa boa, calma, linda, maravilhosa e uma excelente mãe. Estava na fase mais feliz da vida dela. Casou no civil há 7 anos aqui em Cachoeiro e o sonho dela era casar no religioso. Dia 10 de fevereiro ela casou na igreja, vestiu o vestido que queria, teve bolo, álbum, tudo. Ela era professora e o filho estudava na mesma escola. Ele era uma criança alegre e iluminada”, disse ela.
Veja vídeo com a mãe da professora:
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