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Quase metade das mulheres que se casa no ES não adota o sobrenome do marido

Nos últimos 20 anos houve uma queda de 24% na opção por adotar o sobrenome do cônjuge

Foto: Divulgação

O costume de colocar o sobrenome do marido após o casamento está mudando no país. Quase metade das mulheres que se casaram no Espírito Santo não adotaram  o sobrenome do esposo nos registros de matrimônio.

De acordo com a presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), Nelisa Galante, nos últimos 20 anos houve uma queda de 24% na opção por adotar o sobrenome do marido.

O levantamento mostra que, em 2002, dos quase 470 mil dos casamentos registrados no Brasil, cerca de 190 mil mulheres mantiveram o nome de solteira. Somente no ano passado cerca de 880 mil casamentos foram realizados com este formato.

Casamentos no Brasil em 2002
Das 464.809 cerimônias realizadas, 189.389 das mulheres não alteraram o nome.
Em 2021 dos 882.024 casamentos realizados, 488.371 não fizeram a mudança.

A advogada Priscila Benincá, faz parte destes dados. Ela preferiu manter o nome de solteira após se casar, há seis anos. Ela ex´plica como foi tomar esta decisão. “Eu fiquei super sem graça, de como ter esta conversa com ele”, argumenta.

A psicóloga Gisélia Freitas explica que essa atitude parte de se afastar de trâmites burocráticos.  “Muitas destas mulheres não querem mais esta prática. A maioria busca a praticidade para não ter que refazer documentações.” 

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“Ter o sobrenome do marido em seus documentos, também mostra que estas mulheres não querem ter este estigma de pertencimento aos seus maridos, e o mais importante é a relação de amor, e não a relação com o sobrenome”, conclui.