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Queda caixas d'água: quase um mês depois, famílias continuam fora de casa

O reparo das áreas afetadas está adiantado, mas o laudo que confirma as causas do acidente ainda não foi concluído

Foto: Reprodução / TV Vitória

Após a queda das duas caixas d’água nos dois edifícios do condomínio popular Residencial São Roque, em Padre Gabriel, Cariacica, os prédios estão passando por obras de reparo. O acidente aconteceu no dia 30 de dezembro do ano passado e até o momento, os andares dos dois edifícios atingidos estão com o conserto adiantado e precisam apenas de alguns reparos para a conclusão.

No edifício São Roque II, parte da estrutura do quinto andar foi consertada, faltando apenas alguns detalhes para o reparo total. Sobre o edifício São Roque I, moradores contaram que a lateral do prédio atingida pela caixa já foi consertada, mas a construção ainda segue com tapumes que impedem o acesso ao local.

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No momento do acidente, o bombeiro hidráulico Juscelino Roncon fazia reparos em uma das caixas. Ele foi socorrido em estado grave, mas não resistiu ao impacto e morreu no hospital

Os edifícios atingidos fazem parte do programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida” e foram entregues 15 dias antes do desabamento das caixas d’água.

Depois da tragédia, caixas provisórias para o armazenamento de água foram instaladas no condomínio. Foram cinco caixas com 20 mil litros de capacidade cada uma. Moradores contaram que, apesar de não poderem retornar aos apartamentos, a água está caindo nas torneiras.

Cerca de 40 famílias tiveram que deixar suas residências para morar em um hotel. Uma moradora contou que de todas as famílias, 20 já retornaram ao condomínio e as outras 20 continuam no hotel. Ainda na tarde desta quinta-feira (28), os moradores vão se reunir com a construtora para debater a indenização pelos prejuízos.

A Edinalva é uma dessas moradoras que reivindicam o ressarcimento, pois desde a queda das caixas, ela teve que ficar 30 dias fora de casa. Quando voltou, teve mais uma surpresa nada agradável.

“Minha geladeira estava queimada. Eu fui em busca do responsável pela construtora e ele simplesmente me deu a resposta que não arcaria com o prejuízo, ele alegou que não é responsabilidade da empresa”, disse.

A moradora do condomínio também contou que tem duas crianças em casa e devido ao problema com a geladeira, ela precisa sair e colocar os alimentos dentro da geladeira de um vizinho.

O laudo que aponta as reais causas do acidente ainda não foi concluído, mas de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (CREA-ES) ainda faltam alguns documentos da empresa de São Paulo, para a conclusão dos trabalhos. 

* Com informações do repórter Vitor Moreno, da TV Vitória/Record TV.