Verão chegou, e com o período de calor intenso da estação, vem a temporada de chuvas fortes. Com isso, em determinadas áreas, ocorrem alagamentos, rompimento de barragens e até desmoronamentos. Só em novembro, várias pessoas ficaram desabrigadas e houve mortes, por conta das fortes chuvas. A arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), Giedre Ezer Maia, orienta que antes de recomeçar e cuidar das casas, é preciso estar atento aos sinais que a estrutura dá de que há algo errado.
“As casas dão sinais quando há algo de errado acontecendo, como a ocorrência de rachaduras. As pessoas devem observar se estas rachaduras estão aumentando com o passar dos dias, se estão ficando mais largas, principalmente na diagonal. Nestes casos, a Defesa Civil deve ser acionada para realizar o acompanhamento”, orienta Giedre.
Giedre também destaca que se o morador ouvir estalos na casa é preciso abandonar a residência imediatamente.
Umidade e infiltração
Manchas de mofo causadas por umidade e infiltração, são outros problemas que aparecem junto com as chuvas. Esse problema pode causar complicações respiratórias como, sinusite, asma e rinite, em sua grande parte são oriundas de problemas na edificação. O que acontece é que parte desses problemas respiratórios são impacto do cheiro e do tempo de exposição à essas patologias que a casa apresenta.
Recorrer ao cloro para retirada das manchas é apenas uma solução paliativa e visual, visto que não trata a raiz do problema, a infiltração. Este cuidado deve ser feito por meio da correta impermeabilização das lajes e paredes. A recomendação é que o impermeabilizante seja aplicado em demãos cruzadas (em sentidos diferentes), sempre respeitando as orientações dos fabricantes, no caso das lajes ainda faz-se necessário a utilização de manta asfáltica, impermeabilização correta dos telhados e seus componentes.
Se a intenção é reformar a casa para o final de ano e corrigir as infiltrações após as intensas chuvas de novembro, a conselheira do CAU explica que o passo a passo ideal é que toda a pintura e reboco da parede úmida sejam retirados a uma altura mínima de 50 centímetros acima da marca da umidade, para selar adequadamente os pontos de infiltrações.