Um estudo divulgado nesta quarta-feira (20) alertou que a maioria das espécies pertencentes ao gênero Rafflesia, conhecidas por serem as maiores flores do planeta, estão enfrentando um sério risco de extinção.
A raflésia é uma planta parasita que se desenvolve em trepadeiras tropicais em várias regiões do Sudeste Asiático. Suas flores emergem de maneira imprevisível, e até o momento, os especialistas enfrentaram desafios importantes ao tentar cultivá-las fora de seu habitat natural.
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Uma das espécies da flor foi classificada como “em perigo crítico”, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Para entender melhor a planta e seu status de conservação, um grupo internacional de botânicos examinou 42 espécies conhecidas do gênero Raflésia e seus habitats, principalmente Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia.
Em consequência do desaparecimento dos habitats florestais e a planos e estratégias de conservação insuficientes, a planta se encontra em um nível de risco inédito, afirmaram.
“Calculamos que 60% das espécies de Raflésia estão em risco grave de extinção”, disseram os pesquisadores em seu estudo, examinado por outros especialistas e publicado na revista Plants, People, Planet nesta quarta-feira.
Algumas espécies correm o risco de serem extintas antes mesmo de serem conhecidas pela ciência, afirma o estudo.
“Precisamos urgentemente de uma abordagem conjunta e inter-regional para salvar algumas das flores mais extraordinárias do mundo, a maioria à beira da extinção”, alertou o vice-diretor do Jardim Botânico da Universidade de Oxford e um dos autores do estudo, Chris Thorogood.
A pesquisa destaca que, em algumas áreas, estão sendo feitos esforços para proteger a planta, como em um jardim botânico em Java Ocidental, na Indonésia, e as iniciativas de ecoturismo sustentável na Sumatra Ocidental.
No ano passado, os países se comprometeram a proteger 30% das terras e mares do mundo até 2030. O comprometimento faz parte de um acordo histórico para travar o desaparecimento de espécies e ecossistemas.
* Com informações do Portal R7