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Recém-nascido morre em abrigo na Serra; Polícia Civil investiga o caso

Caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira, em Hélio Ferraz. Durante atendimento, socorristas do Samu notaram um sangramento nasal no bebê

Foto: TV Vitória

Um bebê de apenas 21 dias morreu na madrugada desta quarta-feira (19), em uma casa de passagem no bairro Hélio Ferraz, na Serra. A morte do recém-nascido está sendo investigada pela Polícia Civil. Durante atendimento, socorristas do Samu notaram um sangramento nasal na criança.

De acordo com a gerente de proteção social especial da Secretaria de Assistência Social do município, Raphaella Schmitd Ferreira, o bebê havia chegado ao local há cerca de nove dias e, até então, ainda não havia apresentado nenhum problema de saúde. Segundo ela, uma cuidadora percebeu, durante a madrugada, que havia algo de estranho com a criança.

“A cuidadora deu a mamadeira para o bebê umas duas horas e ela relata que, às 4 horas da manhã, mais ou menos, o bebê chorou. Ela trocou a fralda do bebê e percebeu que ele estava diferente”, contou a gerente.

Em seguida, a funcionária chamou o Samu, mas quando os socorristas chegaram ao local, constataram que o recém-nascido já estava morto. Na ocorrência, o Samu registrou que o bebe não estava respirando e estava com um sangramento nasal. “Eles [os socorristas] colocaram que havia uma possibilidade dessa criança ter broncoaspirado e, diante disso, não teria muito o que se fazer”, disse Raphaella.

Ainda de acordo com a gerente, por conta de uma infecção constatada na mãe, o bebê passaria por uma consulta. “Ele foi atendido na segunda-feira, pela médica que vem semanalmente assistir as crianças que estão aqui. Ela chegou a solicitar uma consulta com um especialista infecto, porque foi descoberto, no momento do parto, que a mãe tinha sífilis. Então tinha que investigar. Isso é uma rotina normal”, explicou.

O abrigo agora está tentando localizar a mãe da criança. “Esse bebê foi acolhido há nove dias, em virtude de uma solicitação do serviço social do hospital Jayme [dos Santos Neves], porque a mãe deu entrada para o parto sem documentação e também havia indícios de que ela estava em situação de rua. E aí, para proteção da criança, o juizado solicitou a vaga e o município disponibilizou a vaga nessa casa”, disse Raphaella.

Atualmente 12 crianças estão abrigadas no local, que tem capacidade para 20. “Queria dizer que aqui é uma casa e os cuidadores estão muito abalados, porque, como em toda casa, fatalidades acontecem”, frisou a gerente.

O caso foi encaminhado para a Polícia Civil para investigação. Por meio de nota, a PCES informou que o fato será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Ainda segundo a Polícia Civil, o corpo do bebê foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que apontará a causa da morte.