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Redes sociais viciam mais que álcool e cigarro, revela pesquisa

Dentre as redes analisadas no estudo, feito pela Instituição de Saúde do Reino Unido, o Instagram foi avaliado como o mais prejudicial

Girlfriends communicate and connected by mobile phone
Girlfriends communicate and connected by mobile phone

Não adianta fazer cara feia ou biquinho, as redes sociais fazem parte da vida de cada um de nós. Basta um clique e já estamos conectados com o mundo. Mas o excesso é prejudicial. As pessoas, principalmente os jovens, têm excedido o limite de horas diante da telinha. Quem avalia esse desvio aponta que muitos procuram fugir de seu mundo real, buscando a aceitação de seus seguidores.

Pesquisa realizada pela Instituição de Saúde do Reino Unido mostrou que as redes sociais são mais viciantes que o álcool e o cigarro. Dentre as redes analisadas no estudo, o Instagram foi avaliado como o mais prejudicial. O estudo envolveu quase 1,5 mil jovens, entre 14 e 24 anos. O resultado mostrou que 90% dos entrevistados usam as redes sociais mais do que qualquer outra faixa etária.

Ansiedade nas alturas – As taxas de ansiedade e depressão desse grupo etário da população aumentaram 70%, nos últimos 25 anos. Os jovens avaliados estavam ansiosos, deprimidos, com baixa autoestima. A razão disso tudo pode estar na palma das mãos: nas redes sociais. O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono e na autoimagem.

A psicóloga Naíra Delboni, explica que a busca pela aceitação e por ‘’curtidas’’ nas redes sociais leva o jovem ao sofrimento. Isso acontece porque, muitas vezes, as expectativas não vão ser atendidas e isso pode causar diversos transtornos mentais.

“Muitos jovens têm sofrido por conta do excesso de exposição e da dependência das redes. Não só os jovens, mas os adultos também. Algumas vezes as pessoas têm consciência deste ‘sofrimento’, e outras não. Sofrimento este que pode ser gerado pela grande repercussão de algo postado e que fere a sua intimidade ou até mesmo pela falta de repercussão’’, avalia a psicóloga.

As redes sociais foram criadas para que as pessoas pudessem compartilhar com os amigos momentos de alegria. Isso se torna um problema quando a pessoa começa a comparar a sua vida com a do outro. Delboni explica que um comparativo virtual pode intensificar extremamente o olhar negativo sobre si mesmo, aumentando sensações de menos valia, solidão e incapacidade.

Uma ótima forma de fugir das redes sociais e focar em uma vida menos virtual é a prática de esportes, hobbies, arte, leituras e afins. Assim, dosar o tempo entre o computador, o celular e outras atividades será algo muito mais natural. É importante que a pessoa saiba estabelecer um limite, para que as responsabilidades com os estudos e trabalho não sejam deixadas de lado por conta das redes sociais.

“Se houver dificuldade acentuada em encontrar prazer em atividades diferentes e se relacionar com outras pessoas que não seja por meio da internet, é importante buscar ajuda profissional’’, orienta Naíra.