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Região do Caparaó quer Delegacia para combater violência contra a mulher

Além disso, a falta de um juiz titular, as centenas de furtos registrados em Guaçuí e a ampliação do atendimento no SML de Cachoeiro, foram debatidos com a população

Foto: Divulgação

Na noite da última quarta-feira (11), os moradores de Guaçuí se reuniram, na Câmara de Vereadores, para a audiência pública da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado, o delegado Danilo Bahiense (PSL), e contestaram a falta de juiz titular para a cidade, centenas de furtos e a reivindicação da ampliação do atendimento do Serviço Médico Legal (SML).

Além disso, a prefeita Vera Costa (PDT), levantou o assunto sobre o combate à violência contra a mulher e a necessidade de melhores atendimentos. “Temos um número muito grande de violência contra a mulher”, disse.

Danilo Bahiense lembrou que a maioria dos crimes contra a pessoa em Guaçuí estão dentro dos quesitos de ameaça e da Lei Maria da Penha. O superintendente de Polícia Regional Sul, delegado Faustino Antunes Simões Filho, disse que vai avaliar a possibilidade da instalação dessa unidade na região.

Representando a OAB na região do Caparaó, o advogado Luís Bernardes apontou que a cidade de 30 mil habitantes não possui um juiz titular, fato que leva um magistrado de Cachoeiro de Itapemirim se deslocar semanalmente ao município. “Convivemos com assessores e estagiários. Já denunciamos isto para o Conselho Nacional de Justiça”.

Diante da situação, Bahiense, disse que isto foi algo novo que surgiu e que é preocupante. “Vamos fazer contato com o Tribunal de Justiça estadual e com o Conselho Nacional de Justiça, porque a reclamação é grande e justa. Uma cidade que não tem juiz para ouvir as reclamações da população e das polícias é um prejuízo muito grande”, ressalta.

Ampliação de serviços

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A ampliação da estrutura de ações do Serviço Médico Legal (SML) também foi reivindicada pelos moradores. O deputado destacou que vem conversando com o governador Renato Casagrande para que seja atendida a indicação 1.279/2019, que versa sobre a implantação do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) em Cachoeiro, bem como seu funcionamento em conjunto com o SML cachoeirense.

“Desta forma, não haveria mais o transtorno de um corpo ser deslocado para Vitória e a família ter ainda de passar por mais uma situação difícil num momento tão triste e delicado. A união de trabalhos, certamente, acabaria com este cenário”, completa Bahiense.

Os moradores também solicitaram um melhor patrulhamento e vigilância nas divisas com o Rio de Janeiro e Minas Gerais, por conta de ameaças de instalação do crime organizado; reforço na vigilância da Patrulha Rural e que não seja feita somente pela Polícia Ambiental; implantação de câmeras de videomonitoramento nas cidades; pátio para veículos apreendidos; falta de efetivo policial; e novas delegacias para a região.

Um relatório da reunião será finalizado e apreciado na Comissão de Segurança. Em seguida, será encaminhado para o governo do Estado, Ministério Público, Tribunal de Justiça e outras instituições relacionadas com a segurança.